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STF monta equipe com professores universitários para o enfrentamento à desinformação

O Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu uma equipe de docentes da Educação Superior de 12 universidades públicas para auxiliar no Programa de Combate à Desinformação. O projeto, que começou a ser implementado em agosto de 2021, tem como objetivo “coibir práticas que afetam a confiança das pessoas no STF, distorcem ou alteram o significado das decisões e colocam em risco direitos fundamentais e a estabilidade democrática”. Foram enviados ofícios às entidades, entrevistas individuais e a parceria foi realizada com as interessadas que tivessem projetos ou especialistas nessa área.

O tribunal destaca como ponto da estratégia para difundir informações corretas o que ele chama de tripé: explicar, traduzir e humanizar. Segundo o órgão, os professores terão a missão de colocar em prática projetos de campanhas, palestras e também pesquisas sobre como o Supremo deve atuar.

“A desinformação está em todos os campos, e cabe a nós da universidade dar esse apoio ao STF, se juntar a outras organizações que estão participando dessa iniciativa para fortalecer essa ação”, diz Juliana Marques, da Universidade Estadual da Paraíba e doutoranda em Ciência da Informação.

As federais do Ceará, do Espírito Santo, do Tocantins, de Mato Grosso e de Roraima; e as estaduais de São Paulo (USP), Londrina, Ponta Grossa, Ceará, Goiás e Santa Catarina também estão no programa.

Um dos focos principais do referido programa será o uso e divulgação nas redes sociais com produção de conteúdos específicos para crianças, jovens e adolescentes. Para os docentes, a falta de uma formação midiática educativa faz com que o indivíduo não consiga perceber e diferenciar o que é falso.

A parceria entre as universidades e o STF vem em bom momento. O governo Bolsonaro, desde a campanha de 2018, tem usado de todas as maneiras a divulgação de fake news e falas inverídicas para confundir a população. Em 2022 não será diferente. A milícia digital coordenada pelo Governo Bolsonaro está preparada para novos ataques à democracia, por isso, movimentos como esse são tão importantes e devem ser fortalecidos nos nossos espaços.