Acontece no APUBH

A comunidade da UFMG estará junta no Dia de Luta pelo Fora Governo Bolsonaro, em 29/05

A decisão foi aprovada em assembleia unificada da comunidade acadêmica, promovida por APUBH UFMG+, DCE/UFMG, OAP/UFMG, SINDIFES e APG/UFMG.

Docentes, estudantes, técnico-administrativos, aposentados e terceirizados da UFMG irão participar do Dia de Luta pelo Fora Bolsonaro, no próximo sábado (29/05). A deliberação foi aprovada no dia 25/05, em assembleia unificada da comunidade acadêmica, convocada por: Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH UFMG+), Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFMG), Organização dos Aposentados e Pensionistas (OAP/UFMG), Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (SINDIFES) e Associação de Pós-Graduandos (APG/UFMG).

O ato de rua tem como pauta a luta contra a necropolítica do Governo Bolsonaro, contra os cortes na educação e pela ampla vacinação da população. A comunidade da universidade se concentrará na Praça da Liberdade, às 9h30. De lá, as/os manifestantes seguirão em passeata, a partir das 10h. Uma comissão de biossegurança foi formada para que, durante a realização do ato, sejam seguidas todas as medidas de prevenção à Covid-19.

A professora Maria Rosaria Barbato, presidenta do APUBH UFMG+, representou o sindicato na assembleia unificada. Em sua fala, a professora levantou questões fundamentais para a pauta de luta, como descritas na análise de conjuntura apresentada à categoria na assembleia docente do dia 17/05. “Nós estamos em um momento de calamidade sanitária e social. O Brasil amarga os números de 450 mil mortos pela pandemia, são mais de 14 milhões de desempregados, 35 milhões de trabalhadores informais e mais de 40 milhões de pessoas em situação de extrema miséria. E tudo isso é resultado da necropolítica e perspectiva ultraneoliberal do Governo Bolsonaro, disposto a acabar com qualquer política de bem-estar social e mesmo a nos matar”, ponderou a docente.

Ela destacou o grave cenário vivido pelo setor da Educação, que inclui corte de verbas, descontinuidade de atividades básicas das universidades, descrédito por parte do governo federal e ameaças de retorno ao ensino presencial, mesmo sem a vacinação em massa.  “Os cortes resultarão em evasão estudantil, na inviabilidade da universidade, o serviço público estará centrado em aulas remotas, que terão como fim o progressivo projeto de precarização do trabalho dos docentes, dos técnico-administrativos e dos servidores públicos em geral”, definiu a professora. Ela alertou que “essa seqüência de cortes se baseia no projeto ultraneoliberal de Estado, com perspectiva privatista para tudo que é público. A ciência e a pesquisa pública de valor social, tão importante para a catástrofe que vivemos, está na berlinda”.

“Por tudo isso, a perspectiva que se aproxima é de acirramento das tensões contra o governo federal e a proposição de uma greve geral nacional deve estar na ordem do dia das nossas próximas lutas. E, com certeza, nós estaremos na próxima manifestação do dia 29, junto com todas as entidades da educação, nos manifestando contra esse governo de morte e fome”, reforçou a presidenta do APUBH UFMG+.

Deliberações da assembleia unificada da UFMG

Confira, a seguir, as deliberações que foram aprovadas pela assembleia unificada da UFMG, no dia 25/05:

  • A comunidade acadêmica da UFMG irá aderir, em unidade, aos atos presenciais “Fora Governo Bolsonaro”, no dia 29/05, em defesa da Vida, da Educação e da Saúde, adotando medidas de segurança e ampla distribuição de máscaras;
  • O ponto de encontro da UFMG será na Praça da Liberdade, às 9h30;
  • Convocar também uma carreata nas mediações da praça, para quem quiser apoiar, sem participar da passeata (trajeto a definir);
  • Confeccionar modelo de material gráfico para colocar nas janelas e portas;
  • Quem não puder somar presencialmente, fazer movimentações nas redes;
  • Campanha de divulgação sobre as ações da UFMG para proteger a população durante a pandemia (descoberta de variantes, testes e desenvolvimento de vacinas, suporte técnico para a aplicação de vacinas em BH, etc.);
  • O DCE/UFMG irá difundir uma arte comum, em defesa da participação nos atos do dia 29/05, para ser usada de fundo nas aulas online;
  • Realizar ato contra o Governo Zema em frente ao Palácio da Liberdade, antes da saída da passeata;
  • Mapear as autoridades que apóiam medidas contra a Educação (favoráveis à Reforma Administrativa e aos cortes em pesquisa e nas universidades, apoiadores de Zema e Bolsonaro, etc.) e mobilizar manifestações para frente das casas dessas autoridades;
  • Construir Calendário de Lutas;
  • Que o ato do dia 29/05 seja o início de uma jornada de lutas construídas junto com a UNE e as entidades sindicais.