Acontece no APUBH

Greve de servidores avança nas Universidades e Institutos Federais

Nós, professoras e professores da UFMG, estamos em greve. A deflagração do movimento ocorreu na última segunda-feira (15/04), atendendo à deliberação de nossa assembleia do dia 11 de abril. Assim, o APUBHUFMG+ se juntou ao movimento grevista de servidoras e servidores públicos federais, que vem ocupando as universidades e os institutos federais de ensino. Em nível nacional, estamos em luta pela recomposição salarial e orçamentária, da mesma forma que pela reestruturação de nossas carreiras. A pauta contempla, ainda, a exigência de revogação das medidas contrárias ao Setor Público, implementadas pelos governos Temer e Bolsonaro.

Até o momento, das 63 universidades federais brasileiras, 48 universidades já estão em greve, de acordo com levantamento do portal G1. Já entre Institutos Federais (IFs), o número chega a 470 instituições com atividades paralisadas, presentes em 24 estados. Esses números foram divulgados pela CNN Brasil. No entanto, a adesão ao movimento apresenta cenários diferentes em cada uma dessas instituições. Há casos em que a greve conta com a adesão de servidores docentes e técnico-administrativos. Porém também há casos em que apenas uma das categoriais, professores ou TAEs, paralisaram as atividades.

Rumo à greve geral do funcionalismo público federal, o setor da educação possui papel de destaque. Afinal, os servidores das instituições federais de ensino, entre trabalhadores na ativa e aposentados, somam por volta de 400 mil pessoas. Isso equivale a cerca de um terço do efetivo do funcionalismo federal. Assim, mais uma vez, a classe trabalhadora demonstra o papel da mobilização coletiva para influenciar a tomada de decisões pelo Poder Público.

Mobilização contínua da categoria docente da UFMG

Aqui na universidade, estão sendo promovidas reuniões do comando de greve docente da UFMG. Em paralelo, e panfletagens e reuniões docentes estão em curso nas unidades acadêmicas da UFMG. Nesta semana foram realizadas reuniões no Instituto de Geociências (IGC), na Faculdade de Direito, na Escola de Enfermagem, na Escola de Arquitetura e na Escola de Engenharia. Além disso, continuamos em diálogo  com os estudantes e com os colegas docentes.

A categoria segue atenta aos desdobramentos das negociações com o governo federal, assim como prosseguimos com a mobilização da nossa base. Dessa maneira, estamos construindo coletivamente as próximas atividades da greve. Acompanhe nas redes sociais e na página do sindicato a divulgação da agenda de atividades do comando local de greve. Professores(as) da UFMG em luta! 0% não dá!