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Virgilio Almeida representa a ABC em audiência pública sobre ciência e tecnologia na Câmara dos Deputados

Fonte: ABC.

Imagem retirada do vídeo: https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/58209

Representando a Academia Brasileira de Ciências (ABC), no dia 23 de outubro, o diretor da ABC Virgilio Almeida falou, em audiência pública extraordinária na Câmara dos Deputados, sobre o impacto da ciência e da tecnologia na economia do país. Almeida lembrou que todas as economias desenvolvidas no mundo só avançaram com o desenvolvimento da ciência e tecnologia (C&T) locais, e defendeu que a ciência pode e deve colaborar para a superação dos desafios práticos do país.

China, Índia e Rússia: os três países tiveram em comum o êxito ao investir em C&T durante um período de crise econômica nacional. No entanto, aqui no Brasil, o caminho inverso tem sido traçado, com a redução do orçamento de agências de fomento fundamentais para o futuro da ciência brasileira, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Capes).

O Acadêmico relatou que, apesar do crescimento desde 2007, o orçamento do CNPq tem diminuído desde 2015. O cenário gera preocupação quanto aos grupos de pesquisa, de excelência internacional, que levam anos para serem formados – e apenas meses para serem extintos, uma vez que os cientistas vão para onde há recursos disponíveis, na tentativa de dar continuidade às suas pesquisas. Almeida explicou que esse movimento se chama fuga de cérebros, quando jovens pesquisadores se mudam para outros países onde as condições para o desenvolvimento da C&T são muito mais favoráveis.

E além do retorno para a economia e para a sociedade em geral, o desenvolvimento da ciência traz benefício direto para as empresas, que buscam mão de obra qualificada para o avanço com base tecnológica. Diretor da ABC, Virgilio Almeida apontou ainda que a preocupação da Academia não é só quanto a formação dos cientistas, mas também com o uso da ciência desenvolvida aqui no país, para a solução dos problemas nacionais. Mas para a execução de ambos, é preciso que o investimento na área seja eficiente.