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Nova onda de covid-19 rodeia o Brasil

A despeito das investidas negacionistas como as do Governo Bolsonaro, a vacina contra a covid-19 foi desenvolvida e disponibilizada para a população mundial em uma velocidade nunca vista na história, porém mesmo com a vacina cumprindo o que prometeu, ou seja, não permitindo que pessoas vacinadas integrem os dados de casos graves, estamos presenciando uma alta de casos novamente no Brasil. Esta alta tem a ver com o relaxamento precoce das medidas de prevenção da covid-19, do esquecimento das doses de reforço pela população (esquecimento esse fomentado pela postura intencional do Governo da Morte de espalhar notícias falsas e de semear a negação da ciência entre a população, inclusive com seus exemplos de aparições em público causando aglomerações e não utilizando máscara), além da presença de variantes com alta transmissibilidade no Brasil, como a ômicron.

Vale ressaltar que o principal papel da vacina é a prevenção de casos mais graves e os óbitos. Como disse a médica Vera Rufeisen, infectologista do Hospital Vera Cruz em Campinas/SP  para o jornal BBC: “a taxa de proteção das vacinas sofre uma queda alguns meses após a imunização. No entanto, os imunizantes contra a covid-19 continuam a funcionar para aquilo que eles foram desenvolvidos: a prevenção de casos mais graves da doença, que causam hospitalização e morte.”

Considerando os dados do jornal Agencia Brasil, até hoje (23/06) foram aplicadas 447.295.140 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 177,6 milhões como primeira dose, 160,3 milhões como segunda dose e 4,9 milhões como dose única. Outras 92,1 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço e 8,1 milhões ganharam segunda dose extra, ou quarta dose da vacina. Em Belo Horizonte, esse número chegou a 95,1% da população com a 1ª ou dose única, 87,2% com a segunda dose ou única e 64,7% com primeira dose de reforço ou adicional (dados retirados do site da Prefeitura de Belo Horizonte do dia 17 de junho de 2022).

De acordo com o Boletim Matinal covid-19, da Faculdade de Educação aqui da UFMG, o Brasil registrou ontem, quinta-feira(23) 365 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas. Segundo o consórcio de veículos de impressa, no total são 669.217 mortes desde o início da pandemia e a média móvel dos últimos 7 dias é de 141, em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 47%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença pelo 11º dia seguido. Em Minas Gerais, a situação não é diferente. De acordo com boletim epidemiológico do governo de Minas Gerais, até o dia 21 de junho de 2022, foram 3.532.691 casos confirmados e 61.916 mortes pelo vírus até o momento.

Nunca é demais lembrar que o governo Bolsonaro, irresponsavelmente, colocou fim no estado de emergência logo antes dos casos começarem a aumentar exponencialmente. A medida acarretou no término de várias medidas que ajudavam a combater a pandemia.  Por causa do aumento de testes positivos de covid e da incidência da doença, algumas capitais voltaram a exigir o uso obrigatório de máscaras em lugares fechados, como é o caso de São Paulo, Curitiba, Distrito Federal e Belo Horizonte desde o início de junho.

Não podemos relaxar com as medidas de prevenção: vacine-se; mantenha o esquema vacinal completo; use máscara; higienize as mãos com água e sabão; use álcool em gel e mantenha o distanciamento.

 

Com informações dos jornais BBC, G1 e Poder 360 e do Boletim Matinal da Faculdade de Educação da UFMG.