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Em Seminário da Auditoria Cidadã da Dívida, o APUBH denunciou a política de destruição do Estado pelo Governo Bolsonaro

“Centralidade do Sistema da Dívida no modelo econômico que amarra o Brasil e a urgência de auditoria integral com participação social” foi o tema do Seminário Nacional 2021, promovido pela Auditoria Cidadã da Dívida (ACD). A atividade integra as comemorações dos 20 anos da associação. O Seminário contou com a realização de palestras de especialistas e representantes de entidades, divididos em dez painéis temáticos, entre os dias 11 de junho e 09 de julho.  As palestras foram transmitidas online, por meio do Youtube. Assista aos vídeos no canal da ACD: https://youtube.com/playlist?list=PLOczT18XDwhZRWUc_MUL7IwOpylANOE5h

A professora Maria Rosaria Barbato, presidenta do APUBH UFMG+, integrou o Seminário, sendo palestrante no Painel 9: “O papel das entidades políticas e movimentos sociais no enfrentamento do Sistema da Dívida e do desmonte do Estado”, que foi realizado, na manhã desta sexta-feira (09/07). O debate também contou com a participação de Leonardo Péricles, da coordenação nacional do movimento de luta nos bairros, vilas e favelas (MLB), e da professora Inês Bravo, do Movimento Nacional contra a Privatização da Saúde. A mediação foi realizada por Maria Lucia Fattorelli, coordenadora nacional da ACD.

Assista ao vídeo, na íntegra: https://youtu.be/4FbnAbKXp4w

A presidenta do APUBH UFMG+ abordou o tema “Luta sindical e dos movimentos sociais contra a política de destruição do Estado e seus reflexos para a Educação Pública”. Em sua fala, a professora analisou que a política de desmonte do Estado, em implementação no Governo Bolsonaro, reflete uma prática própria do sistema neoliberal, de abertura de espaço para iniciativa privada nos serviços prestados à população. A docente apontou ainda que, a despeito da narrativa de que tais medidas ajudariam a alavancar o desenvolvimento do país, o resultado tem sido o aumento da desigualdade e a falta de perspectiva do retorno social aos brasileiros.

A docente citou a PEC 32/2020, a Reforma Administrativa, como uma das medidas de enfraquecimento do Estado. Através desta proposta, como ela explicou, o governo busca sucatear os serviços prestados à população e fragilizar as trabalhadoras e trabalhadores que desempenham essas funções. A professora também alertou para os ataques à Educação Pública e à Ciência no Brasil. Ela denunciou que o governo vem reduzindo os investimentos nas universidades e instituições de pesquisa públicas, apesar destas instituições terem se demonstrado fundamentais para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 no país.

“É justamente por esse cenário, que a mobilização, a articulação e a luta dos movimentos sociais e do movimento sindical se tornam ainda mais necessárias.  Todos os direitos conquistados pela classe trabalhadora, ao longo da história, ocorreram através de sua própria luta”, ressaltou a professora.  A professora Maria Rosaria conclamou a todas e a todos a somarem forças nos próximos atos públicos, contra a necropolítica e a tentativa de destruição do Estado, promovida pelo Governo Bolsonaro e por todos os seus cúmplices. “É na rua que pararemos esses ataques”, finalizou a presidenta do APUBH UFMG+.