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Eleições de 2022 contará com o maior eleitorado em décadas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou na última sexta-feira (15/07/22) que as eleições deste ano têm um percentual maior de 6,21%  de eleitores, comparativamente ao ano de  2018. No total são 156.454.011 de eleitores e eleitoras cadastrados e aptos a votar, um total de 9,1 milhões de eleitores a mais que na última eleição presidencial.

Entre os colégios eleitorais, o estado de São Paulo continua assumindo o maior número do eleitorado nacional, totalizando 22,16% de todos os eleitores. Isso significa que, a cada cinco votantes no país, um reside em São Paulo. Em seguida aparecem os estados de Minas Gerais, com 10,41% e Rio de Janeiro, com 8,2%. A região Sudeste concentra 42,64% de todo o eleitorado nacional. Por outro lado, concentrados na região Norte, registra-se apenas 8,03% dos eleitores do país. Na região Norte encontra-se também os três estados da federação com o menor percentual de eleitores, a saber: Roraima (0,23%), Amapá (0,35%) e Acre (0,38%).

O Cadastro Eleitoral de 2022 mostra que, mais uma vez, a maior parte do eleitorado brasileiro é composta por mulheres. Ao todo, são 82.373.164 de eleitoras, o que equivale a 52,65% do total de eleitores. Já os homens são 74.044.065, representando um total de  47,33% dos eleitores. Outros dois públicos que surpreenderam com o número elevado do eleitorado foram os jovens de 16 e 17 anos e idosos com mais de 70 anos. De acordo com matéria do G1, após uma intensa campanha do TSE que envolveu influenciadores digitais, artistas e políticos, o eleitorado de jovens de 16 e 17 anos cresceu 51,13%. Essa faixa etária registrou 716.164 eleitores a mais que em 2018. Houve ainda um aumento significativo dos eleitores com mais de 70 anos. Agora, são 14,8 milhões, o que representa 2,8 milhões (23,82%) a mais que no último pleito.

Durante o governo Bolsonaro, nos deparamos diariamente com insultos ao gênero feminino e a inferiorização de mulheres por parte de um governo misógino e fascista. Tal fato pode ter influenciado no aumento do número de mulheres aptas a votarem na eleição de 2022. Outro ponto importante para a influência no aumento do eleitorado deste ano, provavelmente são os ataques às políticas públicas da educação, da saúde, do meio ambiente, entre outros setores, seguidos de cortes inconstitucionais, que apontam para uma criminosa redução dos serviços públicos, e, concomitantemente, para a minimização das funções e deveres do Estado, tornando   vulnerável a educação formal das crianças, dos jovens e dos adultos brasileiros. Além da educação, o ataque aos direitos de proteção aos idosos pode ter sido um ponto crucial para o aumento dessa faixa etária no eleitorado brasileiro.

Pela indicação do TSE já tratada nesta matéria, as eleições estão nas mãos de uma das parcelas mais prejudicadas nestes últimos quatro anos no governo Bolsonaro: as mulheres, os jovens e os idosos. Esperamos que, unindo nossas forças, conseguiremos tirar este governo populista e autoritário do poder.

Com informações do TSE, G1 e Brasil de Fato.