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Centrais e movimentos vão às ruas por democracia três dias após ato pró-Bolsonaro

Por Vitor Nuzzi, da RBA | Fonte: Rede Brasil Atual

Ato em defesa dos serviços públicos, empregos, direitos e democracia está marcado para 18 de março em todo o país

Segundo o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, os sindicalistas acompanham “com indignação e preocupação o movimento que o presidente Bolsonaro vem fazendo, em confrontar o processo democrático e os poderes da República”. Por isso, a decisão de ampliar o ato do dia 18. “O caráter da manifestação se mantém.” Também participou da reunião de hoje o ex-candidato à Presidência Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Ontem (26), as centrais divulgaram nota sobre a situação política. Apesar das críticas, a questão do impeachment não está em pauta neste momento, de acordo com o dirigente da CTB.

O calendário definido anteriormente pelas centrais prevê atos também nos dias 8 e 14 de março, o primeiro pelo Dia Internacional da Mulher e o segundo em memória da vereadora Marielle Franco, cujo assassinato completará dois anos nesse data. Todos, além da pauta específica própria, ganharam novo peso após a gravidade das convocações ao ato pró-bolsonaro.

Eles voltarão a organizar um 1º de Maio unificado. Na próxima terça-feira, as entidades participam ainda de reunião com partidos e organizações sociais em defesa do Estado democrático de direito, marcado para o Congresso Nacional.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou ao portal da central que o dia 18 terá mobilizações em locais de trabalho, paralisações e atos pelo país. Ele afirmou que enquanto as medidas do governo retiram direitos sociais, a economia “patina”, sem sinal de recuperação, e o patrimônio nacional é posto à venda por preço irrisório.

“As filas para receber o Bolsa Família só aumentam, mais de 12 milhões de brasileiros e brasileiras estão desempregados e mais de 50% da população na informalidade. Isso sem contar o crescimento do número de pessoas em situação de rua em todo país. E para piorar não existe nenhuma política no sentido de reverter este cenário, pelo contrário”, afirma Sérgio Nobre, ressaltando o caráter anti-Estado de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Eles odeiam tudo que é público, tudo que é estatal, e não escondem isso”, afirma. E acrescenta que o país tem serviços públicos de qualidade, mas se não houver reação todos estão sob ameaça de destruição.