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Ato de greve das/os trabalhadoras/es da Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros

O APUBH UFMG+ esteve presente no local, prestando solidariedade à luta contra a privatização da Petrobrás Biocombustíveis.

Ato de Greve em frente à Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros, no dia 20/05 | Foto: Maria Auxiliadora Pereira Figueiredo / APUBH.

Em mais um passo de sua política ultraliberal, o Governo Bolsonaro planeja privatizar a Petrobrás Biocombustíveis (PBIO), subsidiária da Petrobrás com usinas em Montes Claros(MG), Candeias (BA), e Quixadá (CE). Caso ocorra, a venda afetará diretamente os funcionários destes locais, assim como a população em geral. É o caso da Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro, em Montes Claros, em que estariam em risco o emprego e a renda de milhares de pessoas da região. Além do impacto sobre a economia local, a privatização também seria uma ameaça à sustentabilidade, uma vez que a Petrobrás Biocombustíveis trabalha com recursos naturais renováveis e é uma importante compradora da agricultura familiar.

Na quinta-feira passada (20/05), as/os trabalhadoras/es da usina em Montes Claros entraram em greve contra a privatização e em defesa dos empregos. Na manhã do mesmo dia, a categoria realizou um ato público em frente à usina. O APUBH UFMG+ esteve presente no local, prestando solidariedade ao movimento, juntamente com representantes de diversas entidades sindicais, movimentos sociais e mandatos populares. O sindicato foi representado pela professora Maria Auxiliadora Pereira Figueiredo, segunda suplente da diretoria executiva do APUBH UFMG+ e docente do Instituto de Ciências Agrárias (ICA/UFMG).

Em sua fala no ato, a professora Maria Auxiliadora denunciou a necropolítica do governo Bolsonaro, que contribui para a calamidade sanitária sem precedentes no Brasil, como tem demonstrado a CPI da Covid. “Dentro deste projeto político, mesmo com tantas vidas perdidas, também está inserido o desmonte do Estado. Mesmo com mais de 14 milhões de desempregados, 35 milhões de trabalhadores informais e mais de 110 milhões de brasileiros em insegurança alimentar, o governo continua com o mesmo projeto, de onde já adveio o aprofundamento da reforma trabalhista, a reforma da previdência e está propondo a reforma administrativa”, alertou a docente.

A professora do ICA lembrou que a Eletrobrás foi privatizada na semanada passada, mesmo sendo a sexta empresa mais lucrativa do país. “As privatizações são parte essencial desta política ultra neoliberal, em que o interesse privado por lucro está acima da criação de alguma perspectiva de bem estar social no país”, explicou. “Precisamos nos mobilizar contra este novo ataque partindo do governo Bolsonaro. Foi através de nossas mobilizações e lutas que nossos direitos foram conquistados. Contra a privatização! Contra o fechamento da Petrobrás Biocombustíveis! Fora governo Bolsonaro! Fora governo de fome! Fora governo de morte!”, conclamou a segunda suplente da diretoria executiva do APUBH UFMG+.

Com informações do Sindipetro/MG.