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32 nomes são condecorados com o Mérito Legislativo, entre eles o de Jair Bolsonaro

O Mérito Legislativo se destina a pessoas e entidades que fizeram trabalhos relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil

Na quarta-feira, dia 24/11, a Câmara condecorou trinta e dois nomes com o Mérito Legislativo, a mais alta e importante condecoração da casa, que se destina a pessoas e entidades que prestaram serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil. Um dos nomes causou polêmica, o do presidente Jair Bolsonaro, acusado de vários crimes desde a divulgação do relatório da CPI da COVID-19. Entre eles aponta-se: infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, crimes contra a humanidade, violação de direito social, incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo e crimes de responsabilidade pelas milhares de mortes durante a pandemia da COVID-19, contradizendo os princípios contidos   na condecoração.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, a deputada Marília Arraes (PT-PE), 2ª secretária da Mesa Diretora da Câmara, afirmou que mesmo se intitulando representante do povo, nem sempre esse papel é cumprido pelos políticos do nosso país. Alguns dos nomes homenageados na última quarta-feira são os de deputados e ex-deputados federais; o ministro de Relações Exteriores, Carlos França; o fotógrafo Sebastião Salgado e o Papa Francisco.

Além dessa homenagem, Bolsonaro também condecorou outros políticos e personalidades de seu interesse, círculo de amizade ou afinidade político-ideológica. Junto com eles e sem mérito algum foram condecorados ou homenageados, por exemplo, o chanceler Carlos Alberto de Franco França, que substituiu Ernesto Araújo no Itamaraty, e o general Luiz Carlos Gomes de Mattos, Presidente do Superior Tribunal Militar, com o Colar do Mérito Judiciário Militar da Justiça Militar de Minas Gerais, além de outros seis militares. Outros casos foram a condecoração de sua esposa, Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, como Grande-Oficial da Ordem do Mérito da Defesa e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que também foi listado como um dos recebedores da Grã-Cruz.

O contraste dos nomes como o Papa Francisco e o do presidente Jair Messias Bolsonaro já fala por si mesmo. O primeiro, realmente um humanista progressista  que luta incansavelmente contra  as injustiças e mazelas sociais;   o outro, um deflator da democracia, acusado de ameaçar e descumprir decisões do STF, divulgar  fake news absurdas, além de ter promovido ações criminosas, conforme registra o relatório final da CPI da COVID-19 e ser considerado o presidente que fez a pior  gestão da pandemia no mundo.

A Medalha Mérito Legislativo foi criada em 1983 e é coordenada pela Mesa Diretora da Casa para condecorar diversas personalidades, instituições, entidades, entre outros.

 

Com informações da Agência Câmara de Notícias e Brasil de Fato.