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NADi/APUBH recebeu integrante do CPSM para conversar sobre a política de saúde mental na UFMG

O Programa do Núcleo de Acolhimento e Diálogo foi ao ar, no dia 07/11, no Canal do APUBH UFMG+ no Youtube

No dia 09/11, a psicóloga social Laís Di Bella Castro Rabelo, responsável pelo NADi/APUBH, conversou com a professora Teresa Kurimoto, membro efetivo da Comissão Permanente de Saúde Mental (CPSM) da UFMG.

A professora Teresa Kurimoto, da Escola de Enfermagem da UFMG, foi a convidada desta semana do Programa do Núcleo de Acolhimento e Diálogo (NADi) do APUBH. Na entrevista, transmitida nesta segunda-feira (07/11), foram debatidos os percursos de uma política de saúde mental na UFMG. A conversa foi conduzida por Laís Di Bella Castro Rabelo, psicóloga social especializada na área de saúde no trabalho e responsável pelo NADi/APUBH.

Assista à entrevista na íntegra: https://youtu.be/rQJ_YQeJPFA

A professora Teresa Kurimotoexplicou que a Comissão Permanente de Saúde Mental (CPSM) da UFMG, da qual elaé membro efetivo, foi criada com o objetivo de consolidar e dar continuidade ao processo de construção da política de saúde mental para a universidade. Nesse sentido, ainda segundo ela, a Comissão tem a funçãode cumprir as determinações legais, bem como de pensar estratégias e ações e de apoiar e pautar as questões ligadas ao tema. “Nós trabalhamos dentro de uma lógica de diálogo e construção coletiva, de um diálogo intenso com a comunidade e de um trabalho que toma a lógica da rede, como um pilar e um pressuposto”, disse.

Ela explicou que a Comissão é composta por representantes de diferentes espaços da universidade, sendo presidida pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira.  A professora lembrou que, desde a criação em 2018 até o final de 2019, a CPSM esteve em todas as unidades acadêmicas, buscando compreender as suas especificidades. Além disso, ainda de acordo com ela, foi realizado o levantamento de projetos de pesquisa e extensão e deiniciativas existentes, a fim de compreender o contexto. “A gente vem centralizando o pensamento, sempre nessa lógica de centralizar a operacionalização, mas a discussão e construção nós entendemos que precisa ser descentralizada, porque precisa estar em sintonia com as questões que a nossa comunidade traz”, definiu.

Sofrimento de servidoras e servidores na UFMG

Teresa Kurimoto comentou que há pouca procura por parte de docentes, o que reflete a realidade de invisibilidade e silenciamento do sofrimento e do adoecimento. “Não parece ser próprio da nossa categoria essa ideia de buscar ajuda”, observou. Entre as queixas relatadas por docentes, ela destaca a grande cobrança a que estão expostos interna e externamente, bem como a solidão no desenvolvimento do trabalho. E com o decorrer da realidade imposta pela pandemia, ela analisa que “muitas questões que já se anunciavam antes, agora parecem mais explicitadas e talvez mais agravadas”.

Teresa Kurimoto: “muitas questões que já se anunciavam antes, agora parecem mais explicitadas e talvez mais agravadas”.

A integrante da Comissão aponta que, entre as principais demandas apresentadas pela comunidade acadêmica, estão casos de pessoas em sofrimento e questões de orientação e capacitação.  “O nosso foco, como instituição, é pensar as questões ligadas ao fazer e à gestão e administração da universidade, mas é lógico que a vida não se deixa reduzir a essas questões. Então, as pessoas trazem os seus dilemas e as suas questões, e nós temos canais, tanto de acolhimento quanto acompanhamento, que podemos orientar para que essas pessoas busquem”, reforçou.

Ela vem observando que, neste período atípico, a categoria de servidores da universidade, tanto de docentes quanto de técnico-administrativos, têm se movimentado mais quanto às questões essenciais da subjetividade, tempo e espaço. “É muito importante que nós percebamos que temos uma grande responsabilidade com a universidade e com esse nosso trabalho, mas também é muito importante perceber que, nessa pandemia, estamos vivendo um momento de exceção”, reforçou.

A professora Teresa Kurimoto convida a comunidade acadêmica a conhecer mais sobre CPSM, acessando o site: clique aqui. No espaço, também está disponível um canal de contato direto com a Comissão.

Núcleo de Acolhimento e Diálogo do APUBH em tempos de ensino remoto emergencial convida

Semanalmente, o Programa do NADi/APUBH recebe especialistas da UFMG para conversar sobre a saúde da mente e do corpo da comunidade acadêmica, durante o período de ensino remoto emergencial. A série de vídeos conta com um formato dinâmico, com duração média de 30 minutos. Acompanhe as transmissões ao vivo, às segundas-feiras, às 12h, através do canal do sindicato no Youtube: https://tinyurl.com/canaldoapubh

O APUBH UFMG+ está aberto à categoria para a construção de saídas coletivas. Contribua,compartilhando a sua experiência! Preencha o questionário sobre o trabalho docente no ERE, disponível no hotsite do Núcleo de Acolhimento e Diálogo (NADi/APUBH): https://apubh.org.br/acolhimento/

As denúncias e queixas também podem ser encaminhadas diretamente através do nosso e-mail acolhimento@apubh.org.br ou telefone/Whatsapp: 31 99949-9135