Acontece no APUBH

Projeto ‘Periferia Viva: arte, cultura e comida no prato’, em Montes Claros

Na noite da sexta-feira passada (01/04), o Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Diretos (MTD) realizou a última rodada de distribuição de cestas básicas, do projeto “Periferia Viva: arte, cultura e comida no prato”. Ao todo, 23 famílias foram beneficiadas. A ação aconteceu, junto com um momento de interação da população local, no Centro de Convívio Luizinha Gonçalves. O Centro – situado no bairro Vila Atlântida, em Montes Claros –, assim como o projeto, é gerido pelo próprio MTD.

O APUBHUFMG+ esteve presente no evento, sendo representado pela professora Maria Auxiliadora Pereira Figueiredo, suplente da diretoria executiva do sindicato. A iniciativa é um dos projetos contemplados pelo Edital de Solidariedade do APUBHUFMG+ 2021. Confira a cobertura, em fotos, do evento:  https://bit.ly/3KccShg

A ação chama a atenção para o desemprego, a insegurança alimentar e a fome, marcas do abismo da desigualdade social no país. Realidade esta que, ainda por cima, vem se agravando nos últimos anos, o que expõe a gestão da necropolítica  da pandemia no Brasil. Os recursos financeiros, obtidos através do edital, também contribuíram para a realização de reformas estruturais no espaço. Esse foi um importante impulso para as atividades artísticas e culturais, que vêm sendo desenvolvidas no local.

As cestas básicas foram adquiridas através de uma parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O projeto contribuiu, diretamente, para as famílias assistidas pelo Movimento. Ao mesmo tempo, este foi um incentivo para o trabalho de democratização do acesso à terra, realizado pelo MST.  Este trabalho é um estímulo à reforma agrária, à agricultura familiar e a formas sustentáveis de cultivo. Nesse sentido, uma importante contrapartida ao projeto neoliberal, que estimula a concentração de lucros nas mãos de poucos, próprio do agronegócio, e o aumento do uso de agrotóxicos no país, que envenena os solos, as águas e os alimentos consumidos pela população.

A atuação conjunta destes movimentos sociais, com o apoio do sindicato, alia a atuação política à solidariedade de classe, para construir alternativas possíveis no enfrentamento da desigualdade no Brasil. Na luta coletiva e popular contra o projeto de morte e fome do governo Bolsonaro, a periferia segue viva!