“É através das nossas rodas que nossa resistência sempre se consolidou”
A arte e a cultura afro-brasileira foram debatidas em live da III Semana Negra do APUBH, que integra o Novembro Negro da UFMG. Assista no canal do sindicato no Youtube.
“A luta continua! Esse é um espaço de resistência e desconstrução. Por isso, é tão importante para a gente. Ainda mais nesse atual contexto que vivenciamos”, definiu a professora Sirleine Brandão de Souza, docente da Faculdade de Educação (FaE/UFMG) e integrante da Diretoria Setorial de Articulações Políticas do APUBH UFMG+, na abertura do penúltimo dia da III Semana Negra do APUBH. O ciclo de debates, promovido pelo sindicato, integra a programação do Novembro Negro da UFMG – Vozes e corpos que se afirmam.
Na tarde desta quinta-feira (25/11), o APUBH UFMG+ recebeu a professora Miria Gomes, escritora e professora da FaE/UFMG, para a live “Viagem ao mundo dos sons – aprendendo com a percussão afro-brasileira”. Nesta atividade online, a professora propôs uma experiência de imersão na cultura afro-brasileira, através dos instrumentos de percussão de matriz africana. Essa foi uma oportunidade de discutir vivências e refletir sobre a sua influência na educação e na sociedade.
A professora Sirleine Brandão foi a mediadora da mesa. Essa live, assim como as demais atividades da Semana Negra, continua disponível no Canal do APUBH UFMG+. Assista, comente e divulgue com as suas e os seus colegas: https://youtu.be/Tx50zUfsqAo
Arte, cultura, educação e resistência
A professora Miria relembrou que a sua aproximação com a musicalidade afro-brasileiro surgiu ao longo de seu percurso na universidade. Inicialmente como estudante e depois como docente, ela se aprofundou nos debates sobre exclusão social e questões raciais. E, assim, foi “percebendo mais o quanto a cultura negra está ao nosso redor, e o pouco que sabemos dela”.
Atualmente, a professora desenvolve estudos de formação inicial de professores e questões sobre diversidade e relações étnico-raciais, sendo integrante da equipe de pesquisadores do Grupo de Pesquisa do Letramento Literário (GPELL/CEALE/FaE/UFMG) e do Relações Étnico-raciais e Ações Afirmativas (NERA/FAE/UFMG).
A professora Miria acredita na importância de conectar esses saberes, entendendo os laços entre as raízes ancestrais de matriz africana e a luta contemporânea do povo negro no Brasil. Para ela, a resistência da negritude e a arte e cultura afro-brasileira estão em sintonia, “afinal, é através das nossas rodas que nossa resistência sempre se consolidou”.
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