APUBH UFMG+ apoia ações e iniciativas no combate à pandemia da Covid-19
O Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH UFMG+) segue atento ao seu papel social. Na atual conjuntura, o APUBH entende que vivemos uma gravíssima crise sanitária, humanitária e social, além da econômica e política que já tinha iniciado.
O mundo assiste a uma disseminação global do novo coronavírus (Covid-19). A crise sanitária ocorre em um quadro no qual já ocorria um aprofundamento da crise econômica internacional que, com o COVID 19 atingiu proporções ainda mais graves. A forma equivocada e irresponsável com que o presidente Jair Bolsonaro reagiu à pandemia agravaram a crise brasileira em um cenário no qual o governo acelerava a desnacionalização dos seus sistemas de produção, inclusive biomédico, cortes e contingenciamentos de recursos para educação e pesquisa,retirada de direitos, a destruição da soberania nacional e os ataques à democracia.
Uma das ações do sindicato em resposta à conjuntura é a campanha “Coronavírus se combate com o SUS”, lançada no dia 23 de março de 2020. Dentro dessa campanha temos ressaltado a importância do serviço público no combate à pandemia, especialmente, medianteo fortalecimento do Sistema Único de Saúde e das pesquisas em ciência e tecnologia realizadas nas universidades públicas.
Dentro da campanha foram lançados perfis específicos nas redes sociais Facebook e Instagram (@coronasecombatecomosus), com vídeos de especialistas da UFMG abordando questões sanitárias e sociais, buscando um diálogo que presta contas à sociedade. Também foram desenvolvidas pílulas informativas, com conteúdo simples e autenticados por autoridades sanitárias. Uma lista de entidades que estão auxiliando as populações vulneráveis mais atingidas pela crise foi elaborada para estabelecer pontes de solidariedade entre os trabalhadores e as trabalhadoras empobrecidos e pessoas com condições de fazer doações.
Como forma de ação direta e emergencial, o APUBH doou R$ 350 mil para os hospitais públicos Risoleta Tolentino Neves e o Hospital das Clínicas, ambos gerenciados pela UFMG. A doação foi aprovada em assembleia virtual com os professores sindicalizados no dia 27 de março. Além de reservas financeiras do APUBH, o montanteé composto por recursos que seriam utilizados no tradicional Baile Anual dos Professores,cancelado pela assembleia.
A mesma assembleia decidiu que o Sindicato também doará um recurso extra de cerca de R$ 180 mil para movimentos sociais que defendem a saúde da população em vulnerabilidade social e às redes de defesa de trabalhadores que perderam seus direitos devido à pandemia.
Antes dessa decisão, o sindicato já havia contribuído financeiramente com uma iniciativa da UFMG e Fiocruz para o desenvolvimento e fabricação de Equipamentos de Proteção Individual, como máscaras e protetores faciais fabricados em um pool que utiliza impressoras 3D.
O APUBH também endossa e divulga iniciativas de docentes da UFMG que visam construir redes de apoio durante o isolamento social, período no qual se faz necessário uma atenção redobrada à saúde mental das pessoas. Ações como o projeto BelimBeleza, do pró-reitor de Assuntos Estudantis da UFMG Tarcísio Mauro Vago, e o Quarentena.bis, do coletivo Ananda e da professora da UFMG Anamaria Fernandes Viana, buscam proporcionar uma rede de diálogo e apoio nas redes sociais para mitigar os efeitos da quarentena, dando vazão a angústias e tensões na forma de incentivo à criatividade e expressão artística. As ações estão abertas a toda a comunidade, interna e externa à UFMG.
O foco de nossa ação sindical continua sendo a defesa da pesquisa científica pública e de qualidade, o Serviço Único de Saúde brasileiro, e os servidores públicos, cujo trabalho é condição para que a população tenha acesso aos seus direitos. Nesse sentido, continuamos nossa luta pela revogação da Emenda Constitucional 95, contra os cortes de bolsas e recursos para pesquisa e educação, pela mudança do modelo econômico neoliberal que corta recursos para a saúde e educação evisa transformar a educação e saúde em mercadorias, aprofundando as enormes desigualdades sociais em nosso país, além de promover a transferência de recursos naturais estratégicos a corporações,ameaçando a soberania nacional.