#9J: APUBHUFMG+ no Ato unificado em defesa da Educação e da Universidade Pública

Ontem (09/06), as entidades que representam estudantes, docentes e demais profissionais da área de ensino de Minas Gerais protagonizaram um dia de luta contra os cortes na Educação e na Universidade Pública e em defesa da reposição salarial emergencial para o funcionalismo público federal. Conforme deliberação da Assembleia do APUBHUFMG+ do dia 06 de junho, as professoras e professores da UFMG paralisaram as suas atividades e aderiram ao movimento coletivo de protesto.

Para possibilitar a participação da comunidade acadêmica nas atividades, além de ofício encaminhado à reitoria da Universidade comunicando o dia de paralisação, no dia anterior (08/09), as entidades que representam os setores da UFMG encaminharam também ofício à reitoria da universidade, em que solicitaram a alteração da data da reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), que ocorreria na  quinta-feira (09/06).

Na UFMG, o dia de mobilizações começou com panfletagem pela categoria docente na portaria dos Campi Pampulha e Montes Claros e nas unidades do Centro. A ação foi realizada, em conjunto com a comunidade acadêmica, para alertar a população sobre os efeitos dos cortes orçamentários na Educação e a necessidade de valorização do funcionalismo e do setor público. A chamada para o ato e assembleia de professores  também foi exposto em outdoors e em faixas afixadas no Campus Pampulha.

Assembleia do APUBHUFMG+ em praça pública

Atendendo à deliberação da categoria, o APUBHUFMG+ promoveu Assembleia Geral Extraordinária no local de concentração para o ato, a praça Afonso Arinos. Esse foi um importante espaço de mobilização e construção da atuação política, com o envolvimento da categoria e também de outras entidades presentes na manifestação. As/os presentes tiveram também a palavra para expor informes e para a análise de conjuntura.

APUBHUFMG+ realizou assembleia na Praça Afonso Arinos, local de concentração para o ato de 09/06 | Foto: APUBHUFMG+.

A pauta da assembleia contemplou as próximas ações a serem tomadas pela categoria, como outras paralisações, para reverter os prejuízos para a sociedade da política bolsonarista de ataques aos servidores, cortes de verbas e outros ataques à Universidade Pública e para a campanha de reposição salarial. Assim, a assembleia deliberou pelas seguintes ações: i) discutir nas unidades ou em grupo de unidades de nossa base territorial a conjuntura de precarização do trabalho docente, com atividade cultural; ii) realizar panfletagem massiva nas unidades alertando para o risco de extinção da Universidade pública, gratuita e de qualidade social; iii) participar ativamente da construção das próximas mobilizações, paralisações, greves que virão a partir das pautas levantadas com a categoria e demais entidades da Educação.

Nesse sentido, a assembleia também aprovou a presença do sindicato no “Ocupa Brasília em Defesa da Educação Pública e Contra as Privatizações”, na próxima terça-feira (14/06). O movimento é articulado por entidades nacionais representativas do setor da educação federal e do funcionalismo público federal, a saber: ANDES-SN, SINASEFE, FASUBRA, UNE, FENET, UBES, ANPG e o FONASEFE. A programação dessa jornada de lutas  e pressão sobre parlamentares inclui um conjunto de atos políticos e culturais.

O APUBHUFMG+ também fará parte, por decisão da assembleia, do Dia Nacional de “Não aos cortes em Educação e Ciência”, no dia 21 de junho (terça-feira). A manifestação contra a redução de recursos federais em setores decisivos para o futuro do Brasil é articulada pela Iniciativa da Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), um movimento organizado pela comunidade brasileira de CT&I.

Tsunami da Educação tomou as ruas de BH

O governo Bolsonaro é marcado por uma política criminosa de desinvestimento nas áreas de Educação e de pesquisa científica e tecnológica. Em especial, as universidades federais, que são as principais produtoras de Ciência no país, passam por uma expressiva redução orçamentária, que compromete o seu funcionamento. E para piorar essa situação, o governo elegeu o funcionalismo público como alvo preferencial, justamente aquelas e aqueles que trabalham para a população, como é o caso das universidades.

APUBHUFMG+ presente no trio elétrico das entidades da Educação, que puxou a passeata | Foto: APUBHUFMG+.

assim como em 2019, o Tsunami da Educação ocupou as ruas de BH | Foto: APUBHUFMG+.

Não poderíamos ficar inertes diante dessa situação. E não ficamos. Em 2019, protagonizamos uma série de atos expressivos, que ocuparam Belo Horizonte e diversas cidades do país. O Tsunami da Educação, como ficou conhecido o movimento, entrou para a história. E agora, frente ao cenário de cortes ainda mais dramático para a Educação, o mar de gente voltou a tomar as ruas da capital mineira contra os cortes e pela valorização do Setor Público.

Na capital mineira, a mobilização desta quinta-feira (09/06) culminou na realização de um ato unificado das entidades da Educação de MG. A concentração ocorreu na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito da UFMG. O APUBHUFMG+ contribuiu, ativamente, com a realização da manifestação. Fortalecendo o movimento, o Sindicato arcou com o custeio para o transporte de estudantes para o ato. Houve ainda a distribuição de material para as/os participantes do ato – máscaras PFF2, camisetas, bandeiras, bandeirolas e panfletos informativos.

O APUBHUFMG+ marcou presença no trio elétrico das entidades da Educação, que puxou a passeata, mesclando falas de representantes de movimentos estudantis e sindicais com a movimentação musical. As/os manifestantes percorreram as ruas, as avenidas e praças do hipercentro de BH. As considerações finais foram feitas na Praça da Estação, onde ocorreu a dispersão.

A mobilização não termina aqui. É preciso que continuemos atuando, coletivamente, contra os cortes na Universidade Pública e em defesa da reposição salarial emergencial para servidores públicos federais. A nossa luta é contra nossa extinção!

Confira a cobertura do ato pela imprensa mineira: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2022/06/09/interna_gerais,1372319/resistir-para-existir-professores-e-alunos-da-ufmg-vao-as-ruas-de-bh.shtml