Acontece no APUBH

8M: APUBH participou do ato unificado do dia de luta das mulheres

No dia 8 de março (8M), Dia de Luta das Mulheres, o APUBH uniu forças ao Ato unificado da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A marcha deste ano teve como temas: ‘Nossas Vidas Valem Mais!’,  ‘Marielle Presente!’ e ‘Somos Semente!’. A marcha fez parte de uma jornada internacional de manifestação das mulheres pela igualdade de direitos.

A comunidade acadêmica da UFMG abraçou a causa, com a participação de docentes, estudantes e TAE’s. Diretoras do APUBH integraram a organização da manifestação, que foi realizada por um coletivo de mulheres da RMBH. “Nós temos que ir para as ruas pelo direito de ser o que se é, para todos nós, independente das forças do capital e das desigualdades sociais”, definiu a professora Renata Aspis, da diretoria setorial de Arte e Cultura do APUBH.A professora foi uma das integrantes da organização do ato.

A concentração para o ato aconteceu na Praça Afonso Arinos, onde foi feita a confecção do materialutilizado no protesto. De lá, os manifestantes seguiram em marcha em direção à Praça da Estação. Outro ponto de parada foi a Rua dos Guaicurus, com uma intervenção em frente ao Prédio da Previdência. A marcha seguiu rumo à Praça Sete, onde foi realizada a leitura do Manifesto,e continuoude volta à Praça da Estação.

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Marielle Presente

Neste mês de março, completa-se um ano da brutal execução de cunho político da vereadora Marielle Franco. Exemplo de luta e ativismo sociopolítico, a vereadora se tornou símbolo da luta pelos direitos das mulheres. “A Marielle Franco é um símbolo. Ela é o símbolo máximo da força da mulher e das minorias”, refletiu a professora Renata Aspis.

Além de lutar pela causa feminista, a vereadora era representante das populações LGBTQI+, negra, suburbana e de baixa renda. Luta esta que é apontada como sendo a motivação do assassinato, provavelmente, a mando daqueles que não se conformam com a ascensão dos marginalizados e vítimas da injustiça social.

Assim como a luta de Marielle, o 8M deste ano se expandiu para além dos direitos das mulheres. As diversas lutas das mulheres se uniram em torno de um ponto em comum em defesa da vida e direitos das pessoas, expresso no lema ‘Nossas Vidas Valem Mais!’. “A questão feminista extrapola o universo da vida da mulher individualmente. A mulher feminista está preocupada com o meio ambiente, com a justiça social, com os direitos humanos. Enfim, a questão do feminismo é uma questão politizada”, ressaltou a professora.

Os manifestantes também protestaram contra crime humanitário-ambiental da Vale, em que o rompimento da barragem de Feijão, em Brumadinho, destruiu várias vidas e o ecossistema local. Além disso, abordaram a ameaça da aprovação da Reforma da Previdência (PEC 06/2019) que, na prática, representa o fim da aposentadoria para os trabalhadores do setor público e privado.