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Moção de solidariedade aos lutadores do povo de Minas Gerais

Fonte: CNTE.

“Sem salário, sem trabalho” | Foto:Sind-UTE/MG.

“Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam por toda a vida e estes são imprescindíveis.” – Bertold Brecht

A greve dos/as educadores/as de Minas Gerais, deflagrada desde o último dia 11 de fevereiro, indicou ao conjunto da sociedade mineira, e também ao resto do país, a bravura de sua entidade de representação sindical, o Sind-UTE/MG. Esse sindicato, que já forjou e formou importantes lideranças não só para Minas Gerais, mas para todo o Brasil, enfrenta agora mais uma greve dentre tantas de sua longa trajetória de vida e história. Em defesa dos/as trabalhadores/as em educação do Estado, o sindicato e suas lideranças são hostilizados até fisicamente por uma campanha de ataques sistemáticos promovidos desde os gabinetes do Palácio da Liberdade, sob a cumplicidade de expressivos setores da imprensa mineira.

No último dia 13 de fevereiro, em ato realizado na Assembleia Legislativa do Estado durante a votação de um projeto de lei que propõe reajuste salarial apenas aos servidores da segurança pública, os trabalhadores/as em educação que lá estiveram para, legitimamente, pressionar os deputados a ampliar o reajuste ao conjunto dos/as servidores/as públicos do Estado, sofreram um ataque virulento de setores organizados de servidores da segurança pública, sob o olhar beneplácito da polícia legislativa.

O professor e dirigente sindical do Sind-UTE/MG, Fábio Garrido, chegou a desmaiar no local diante da violência empregada! Outra diretora foi agredida fisicamente, além de uma terceira que sofreu gravíssimas injúrias raciais por parte desse grupo de servidores. A deputada estadual Beatriz Cerqueira, ex-dirigente da CNTE, do Sind-UTE/MG e da CUT/MG, ao defender os/as trabalhadores/as em educação do plenário e denunciar a violência empregada por aquele grupo pequeno de servidores da segurança do Estado, sofre agora todo tipo de calúnia nas redes sociais. Tentam impingir nela a pecha de inimiga da segurança pública e de seus servidores!

A deputada professora Bia Cerqueira é mais uma vítima dessa campanha de ódio que se instalou no Brasil nos últimos anos. Defensora incansável do serviço público e de seus servidores, essa campanha difamatória tenta fazer de sua denúncia a um grupo violento uma crítica aos servidores da segurança em geral. Nada mais baixo do que essa tentativa de setores reacionários da segurança pública do Estado! Todos sabem a que propósito essas pessoas se prestam e sob que valores suas ações são orientadas.

Os/as educadores/as de todo o Brasil acompanham o desdobramento do que acontece em Minas Gerais e se solidarizam com os verdadeiros lutadores sociais que, mesmo eleitos a qualquer cargo não traem os princípios políticos que os elegeram. Esse é o caso da professora Bia Cerqueira! Somos todos/as solidários/as aos lutadores sociais de Minas Gerais e com eles ombreamos também nossa luta!

Brasília, 17 de fevereiro de 2020

Direção Executiva da CNTE