Servidores públicos federais fazem ato por reajuste em Brasília
Servidores públicos de várias categorias realizaram nesta terça-feira, 31 de maio, em Brasília, um ato unificado reivindicando reajuste emergencial de 19,99%. Enquanto os servidores públicos federais lutam para garantir o reajuste, o governo Bolsonaro permite que os militares sejam agraciados com 76% de reajuste que serão pagos até 2023, fora inúmeros benefícios, numa atitude eleitoreira para garantir o apoio da base militar e conservadora.
O índice reivindicado pelos Servidores públicos federais é baseado na reposição das perdas salariais de 2019, 2020 e 2021, mas o governo que até então flertava apenas com a possibilidade de um reajuste de 5%, parece buscar outras alternativas para não aprovar este percentual de reajuste. Auxiliares de Bolsonaro já afirmam que o reajuste será substituído, possivelmente, por um novo vale alimentação acima de R$ 600.
A concentração do ato dos Servidores públicos federais aconteceu no Espaço do Servidor, entre os blocos C e D da Esplanada dos Ministérios. De acordo com a Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CONDSEF), o objetivo do ato também foi denunciar o desmonte do serviço público. A entidade aponta que, quando Bolsonaro assumiu seu mandato, o Brasil tinha 675 mil servidores e hoje conta com 501 mil.
“O governo federal faz uma reforma silenciosa, ao não realizar concursos públicos e não oferecer reajustes que a categoria tem direito. Ao contrário, se preocupa apenas em dar reajustes aos militares, base de apoio de Bolsonaro”, pontuou Sérgio Ronaldo da Silva, coordenador-geral do CONDSEF, ao site da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A luta continua por aqui também: trabalhadores e trabalhadoras técnico-administrativo(a)s em Educação da UFMG aprovaram o indicativo de Greve para o dia 1º de junho em Assembleia Sindical Geral realizada na última terça-feira (24/05), no Campus Pampulha. Nos próximos dias as demais bases do SINDIFES realizarão assembleia para aprovar ou não o indicativo de greve. Já no dia 14 de junho, acontecerá o “Ocupa Brasília”, um protesto das entidades do Setor da Educação para barrar os cortes e defender o ensino público.
O ato do dia 31, assim como o do dia 14 de junho fazem parte de uma jornada de lutas que já acontece há alguns meses. Os ataques do governo Bolsonaro à Educação têm sido aprofundados e constantes desde o começo de seu mandato, por isso nos mantermos ativos e nas ruas, para mostrar a toda a sociedade o que o governo Bolsonaro tem feito contra a educação buscando-se barrar os retrocessos desse governo. Fortaleça seu sindicato, some-se às lutas e ajude a defender a Educação brasileira.
Leia a matéria completa sobre a paralisação na UFMG no site do SINDIFES: https://sinasefe.org.br/site/tae-da-ufmg-aprovam-indicativo-de-greve-para-o-dia-1o-de-junho/