Notícias

Oposição articula para retomar a discussão sobre a reforma administrativa

Em declarações públicas recentes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem defendido a discussão e aprovação, ainda este ano, de uma reforma administrativa. As falas foram bem recebidas pelos parlamentares mais à direita no Congresso, que já articulam o apoio à retomada da pauta. Inclusive, na última quarta-feira (30/08), Lira recebeu o “Manifesto pela votação da reforma administrativa”, com as assinaturas de 23 presidentes de frentes parlamentares.

O documento levanta tópicos referentes a uma suposta necessidade de “modernização” e “desburocratização” do aparelho estatal. Em outras palavras, estamos diante de uma nova tentativa neoliberal de desmonte do Estado, assim como na proposta de “reforma” apresentada pelo então governo Bolsonaro.

Para a surpresa de ninguém, as frentes que apoiam o manifesto estão alinhadas, em sua maioria, ao bolsonarismo. Algo que pode ser observado na presença de parlamentares ligados a certas áreas empresariais, como o ruralismo, a pecuária e a mineração. Assim, nos deparamos com o fato de que o neoliberalismo continua a nortear uma parcela significativa dos parlamentares eleitos, apesar desse projeto econômico ter sido rechaçado pelo povo no pleito para presidente.

Diante desse cenário, torna-se premente que continuemos atentos e atuantes em defesa da carreira das servidoras e dos servidores públicos e do acesso da população à Educação, Saúde e outros serviços públicos de qualidade. Para que o processo de reconstrução democrática nacional surta efeito, é preciso conter os avanços neoliberais que ainda persistem no país.

Nesse sentido, devemos lembrar da luta vitoriosa, protagonizada pelos movimentos populares e sindicais, contra a proposta bolsonarista de desmonte do Estado, representada pela PEC 32/2020. Luta esta que contou com a participação atuante do APUBHUFMG+, em sintonia com os setores da Educação e do funcionalismo público federal. A luta em defesa e pela valorização do Setor Público nacional precisa ser permanente!