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APUBHUFMG+ no Grito dos Excluídos 2022: fomos às ruas pela (re)existência da Universidade Pública

APUBHUFMG+ presente no 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos: o nosso grito foi pela (re)existência da Universidade Pública! | Foto: Lara Marques.

No dia 7 de setembro deste ano, a proclamação da independência do Brasil chegou ao seu bicentenário (1822-2022). O termo “independência”, contudo, é cada vez mais alvo de debate. Afinal, a dita proclamação deu prosseguimento a um regime escravagista, latifundiário e monarquista, tal qual na época da colonização. E os reflexos desse modelo de sociedade, inclusive, podem ser percebidos até hoje no país.

A discussão ganha ainda mais importância no atual momento de nossa nação, em que o governo Bolsonaro centra fogo contra a Democracia, a começar pelos ataques ao Poder Judiciário e às urnas eletrônicas. E para além das eleições, as afrontas à Democracia também são sentidas no avanço do neoliberalismo sobre os direitos constitucionais da população, especialmente na Saúde e na Educação. Ademais, o país também enfrenta o crescimento da fome e a condução genocida da pandemia, entre tantos outros efeitos da gestão do governo Bolsonaro.

A data também é marcada, anualmente, pela realização do Grito das Excluídas e dos Excluídos. Desde 1955, movimentos sociais e populares convocaram a população a sair às ruas, para lutar pela justiça social e pelos direitos das parcelas marginalizadas da população. Assim como em todos os anos, o movimento traz como tema “Vida em Primeiro Lugar”. E na 18ª edição, diante da atual conjuntura, foi levantado o lema: “Brasil: 200 anos de (in)dependência, para quem?”.

Foram registrados atos públicos em todas as regiões do país. O APUBHUFMG+ integrou a construção da 28ª edição do Grito dos/as Excluídos/as, assim como em anos anteriores.  Docentes que integram a diretoria do Sindicato e de toda a categoria foram às ruas, participando ativamente das manifestações.

O ato público foi marcado por protestos contra a política de desmonte do Estado, em curso no governo Bolsonaro. O grito denunciou a maneira como, em sua sanha por lucros, o neoliberalismo tem entregado a população à própria sorte. Nesse sentido, a nossa categoria chamou a atenção para o criminoso processo de desmonte da educação pública superior brasileira, que compõe a principal produtora de ensino, extensão e Ciência no país. Assim, o nosso grito foi pela (re)existência da Universidade Pública. As palavras ecoaram em nossas vozes, assim como estamparam nossas camisetas – usadas pelas(os) filiadas(os) e distribuídas às(aos) participantes no local do ato.

Em Belo Horizonte, a concentração para o ato ocorreu na Praça Vaz de Melo, embaixo da passarela da Lagoinha. Bandeiras, faixas e música marcaram o momento com expressiva representatividade de sindicatos, movimentos sociais e sociedade civil organizada. De lá, os manifestantes seguiram em marcha à Ocupação Pátria Livre, na Pedreira Prado Lopes. Na quadra da Ocupação, foi montado um palco para a realização de intervenções políticas e apresentações culturais.

No local, também houve espaço para a solidariedade de classe. O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD) promoveu a venda do Tropeiro Solidário, para arrecadar fundos para a reforma do galpão Espaço Cultural da Ocupação Pátria Livre, na Pedreira Prado Lopes. O prato tipicamente mineiro foi produzido com doações, incluindo a contribuição do APUBHUFMG+. A entrega das doações de ingredientes para preparação do Tropeiro Solidário foi realizada na última segunda-feira (05/09), pelo professor Eliezer Sousa, diretor financeiro do sindicato.

Já em Montes Claros, a concentração para o Grito das Excluídas e dos Excluídos ocorreu na Praça do Bairro Maracanã. No local, entidades populares promoveram um café da manhã comunitário. De lá, a manifestação seguiu em marcha até o bairro Itatiaia. O encerramento do ato foi marcado pela realização de um almoço, promovido na cozinha solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no bairro Itatiaia. A cidade, que integra a base do APUBHUFMG+, também contou com o apoio do Sindicato na construção da manifestação. Houve, ainda, suporte financeiro para o transporte de manifestantes para o local do ato.

As ruas são o nosso espaço natural de luta. Sigamos mobilizadas e mobilizados contra este (des)governo, um inimigo declarado da Democracia, da Educação e da própria vida da população. Fora governo Bolsonaro! Fora governo de morte e fome! Governo Bolsonaro, nunca mais!

 

GALERIA DE FOTOS: 07/09/2022 | 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos