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Movimentos sociais convocam para Jornada de Lutas em Defesa da Democracia

No último dia 27 de fevereiro, cerca de 130 lideranças se reuniram em uma plenária virtual para construir, coletivamente, um conjunto de atos públicos em defesa da Democracia. Estiveram presentes representantes dos movimentos sociais, que compõem as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, e também integrantes de partidos do campo democrático e popular e de entidades da sociedade civil.

Diante da atual conjuntura do país, é premente a ação das forças comprometidas com a Democracia, de todo o país, na luta em defesa do respeito à vontade soberana da população, assim como dos direitos da classe trabalhadora. Assim, a proposta é que a mobilização seja permanente, tendo início no mês de março.

A jornada de lutas começa nesta sexta-feira (08/03), quando o Brasil e o mundo comemoram o Dia Internacional das Mulheres. Anualmente, nesta data, mulheres saem às ruas para celebrar e fortalecer a luta feminina contra a misoginia, o machismo e o patriarcado. Em 2024, assim como nos anos anteriores, o APUBHUFMG+ apoia a realização dos atos públicos do Dia de Luta das Mulheres, em Belo Horizonte e em Montes Claros.

Já no dia 14 de março (quinta-feira), o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes completará seis anos. Este será um dia para celebrar o legado de luta da parlamentar, assim como para exigir justiça para o caso. O legado da luta de Marielle se torna ainda mais relevante neste momento, em que levantamos a bandeira da defesa da Democracia.

A derrota nas urnas do projeto de extrema-direita para a presidência foi um passo decisivo para o Brasil. No entanto, não foi o suficiente para extirpar o fascismo do país. Isso ficou evidente no dia 8 de janeiro do ano passado, quando o Estado brasileiro sofreu uma grave tentativa de golpe. E não podemos nos enganar, pensando que aquele foi um caso isolado.

Na verdade, as investigações, conduzidas pela Polícia Federal (PF), têm demonstrado que os planos golpistas eram ainda mais profundos, não tendo se limitado àquele episódio violento. Cada vez mais, surgem indícios do envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro nos planos golpistas, assim como de ex-membros da alta cúpula de seu governo e de generais e ex-comandantes das Forças Armadas.

Além disso, cabe lembrar da proximidade da data que marca os sessenta anos do golpe militar no Brasil. Não podemos esquecer esta fatídica experiência, tendo em vista a permanência de correntes de viés autoritários no país. Inclusive, as manifestações bolsonaristas pelos recorrentes pedidos de intervenção militar no Brasil. Ou seja, um atentado criminoso contra a Democracia brasileira.

A população brasileira precisa pressionar o Poder Público para que continue a identificar e julgar as pessoas envolvidas no golpe de 8 de janeiro de 2022. Além disso, para construir uma Democracia que seja, de fato, plena e inclusiva, a nossa luta e a nossa mobilização precisam ser permanentes.

#Sem Anistia!