Acontece no APUBH, GREVE DOCENTES UFMG // 2024

A presença da categoria docente da UFMG nos atos de 1º de maio: professor(a) em luta também educa

Nós, professoras e professores da UFMG, seguimos em greve. Por isso mesmo, é muito oportuno que o período de nosso movimento grevista na universidade tenha coincidido com o 1º de maio, Dia de Lutas da Classe Trabalhadora. Até por que, como sabemos por experiência própria, a greve é o principal instrumento de luta da classe trabalhadora. E no cenário que enfrentamos atualmente, isso não é diferente.

O dia 1º de maio guarda um inestimável valor histórico e simbólico para a classe trabalhadora. E cabe destacar que essa data comemorativa são seguiu o mesmo destino de tantas outras, que foram cooptadas pelo capitalismo para serem reduzidas a meros marcos comerciais. Longe disso, no Brasil e em todo o mundo, o 1º de maio continua a ser um dia de luta.

A cada ano, neste dia, saímos às ruas para celebrar as nossas vitórias e reafirmar o nosso compromisso de luta. Até porque, em toda a nossa história, os direitos trabalhistas e sociais nunca foram dados, mas sempre conquistados, através da nossa capacidade coletiva de mobilização e pressão sobre os patrões e sobre o Estado.

E essa é a realidade que enfrentamos atualmente. Em nossa assembleia do dia 25 de abril, a categoria docente da UFMG deliberou por rejeitar a nova proposta de recomposição salarial, apresentada pelo governo federal no dia 19 de abril. Assim, foi aprovada a continuidade do movimento paredista. Além disso, também foi definida a adesão aos atos de 1º de maio.  O nosso sindicato e o comando local de greve se uniram a diversos movimentos sindicais, sociais e políticos na construção das manifestações deste ano.

Nesse 1º de maio, saímos as ruas, levantando as bandeiras de luta pela recomposição orçamentária das Universidades Públicas, pela valorização da carreira docente, pela recomposição salarial dos professores da ativa e aposentados e pela manutenção das estatais mineiras.

Em Belo Horizonte, a concentração para o ato ocorreu pela manhã, na Praça Afonso Arinos – em frente à Faculdade de Direito da UFMG. No local, contamos com a Tenda do APUBH UFMG+, onde foram disponibilizados materiais para a categoria docente e demais participantes. Mais do que isso, montamos um espaço de interação e de agitação. As professoras e os professores dialogaram com as pessoas presentes, além de distribuir panfletos e adesivos.

Na concentração, assim como ao longo de toda a manifestação, tivemos o pronunciamento de entidades sindicais, estudantis, sociais e  de parlamentares do campo progressista.

Nas palavras de ordem, a defesa da universidade e da educação públicas; a solidariedade  aos nossos colegas de Minas Gerais, que também deflagraram greve na área da educação; a defesa dos serviços públicos, da educação e da ciência.  Em Minas Gerais o movimento contra a sanha privatista do governo Zema continua. No 1º de maio continuou-se o recolhimento de assinaturas da população a favor da realização do plebiscito em defesa das estatais mineiras. Nós, professoras e professores da UFMG, fizemos coro ao grito: Fora, Zema!

Saindo do local de concentração, seguimos em passeata, percorrendo a região central de Belo Horizonte. E a manifestação foi marcada por pronunciamentos e protestos, assim como música e muitas cores. O encerramento do ato ocorreu na Praça 7, um marco histórico da luta popular e sindical na capital mineira. A greve continua. Apenas a luta coletiva da classe trabalhadora pode garantir a conquista, a manutenção e a ampliação de direitos. Professoras e professores da UFMG em luta!

Confira a galeria de fotos: https://apubh.org.br/galerias/01-05-2024-ato-de-1o-de-maio-dia-de-lutas-da-classe-trabalhadora/