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Weintraub ataca professores com salários mais altos: ‘Vou atrás da zebra gorda’

Fonte: Revista Fórum.

Ministro da Educação criticou, ainda, a quantidade de servidores do MEC: ‘Eu tenho que enfrentar este exército. Dentre outras coisas, doutrinação, metodologia de alfabetização totalmente errada’

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Abraham Weintraub, ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, voltou a atacar professores. Ele declarou, durante o 21º Fórum Nacional de Educação Superior Particular, nesta quinta-feira (26), que precisa “atacar a zebra mais gorda”: o salário de professor universitário federal.

Ele fez a afirmação ao defender que cobrar mensalidade dos alunos das universidades públicas não resolveria o problema do ensino superior no Brasil, que, segundo ele, é o gasto de “uma fortuna de dinheiro com uma pequena quantidade de pessoas”.

“Cobrar mensalidade de quem pode pagar não vai resolver nada. Eu tenho que ir atrás de onde está a zebra mais gorda, que é o professor de uma federal, com dedicação exclusiva, que dá oito horas de aulas por semana e ganha de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês”, disse.

Exército

Weintraub criticou, ainda, a quantidade de servidores do Ministério da Educação (MEC). Segundo o ministro, são cerca de 300 mil.

“Mais de 80% do ensino superior está na iniciativa privada e o MEC tem uma folha de pagamento com professores federais que cresce 8% ao ano sem eu fazer nada. Metade dos 600 mil servidores da República está no MEC, 300 mil. Eu tenho que enfrentar este exército. Dentre outras coisas, doutrinação, metodologia de alfabetização totalmente errada, gasta-se fortunas em universidades enquanto o filho do pobre não vai para a pré-escola”, declarou.

Ele também defendeu um sistema de autorregulação das universidades privadas. “O que o governo vai fazer por vocês? Nada. Vocês têm que se virar. Vou começar por essa provocação: façam autorregulação. Mercado financeiro tem. Vocês têm que se reunir e buscar soluções”.