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UFMG e Senai fabricam álcool em gel e escudos faciais para hospitais e outras instituições

Fonte: UFMG.

Parceria envolve ICB, ICEx e Escola de Engenharia.

Ambiente do Senai, que arcará com os custos de insumos e produção | Foto: Twitter / Senai-MG

Como parte das ações de enfrentamento ao novo coronavírus, pesquisadores da UFMG e voluntários trabalham na fabricação de álcool em gel e escudos faciais em laboratórios sediados no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG).

Inicialmente, os professores Rochel Montero Lago e Vânya Pasa, do Departamento de Química, e Sônia Rocha, da Engenharia de Minas, oferecerão apoio técnico no processo de produção de cerca de três mil litros de álcool em gel com concentração de 70%. O produto será doado a hospitais públicos, asilos, creches e comunidades carentes.

O Senai arcará com os custos dos insumos e da produção. Nas dependências do Escalab – centro de escalonamento de tecnologias e modelagem de negócios, coordenado pelo professor Rochel Lago –, foi montado um reator com capacidade de produção de 400 litros por semana. “Desenvolvemos uma formulação com produto alternativo, porque o carbopol, normalmente utilizado, está em falta no mercado”, ressaltou o professor.

O Escalab é uma parceria entre a UFMG e o Senai. Sua missão é promover o início da produção industrial de novas tecnologias, por meio do escalonamento e aceleração de negócios. Foi criado em resposta à demanda por infraestrutura e conhecimento para levar à indústria e à sociedade as tecnologias produzidas nas universidades.

Protetores faciais são feitos de PETG | Foto: Heveline Silva

Resistência e versatilidade
Também nas dependências do Senai e sob coordenação da UFMG, estão sendo fabricados escudos faciais, cuja matéria-prima é o PETG, material plástico de grande resistência e versatilidade (pode ser parafusado, cortado, termoformado ou dobrado a frio). Os protetores serão doados ao Hospital das Clínicas da UFMG e a outros hospitais públicos do estado, para serem usados por médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

As professoras Liza Felicori, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB e idealizadora da iniciativa, e Heveline Silva, do Departamento de Química, integram a equipe que coordena os trabalhos. Cerca de 20 voluntários estão mobilizados no processo produtivo. A produção inicial será de 400 peças, que começarão a ser entregues já neste domingo. De acordo com Heveline Silva, os suportes são produzidos em impressoras 3D, as lâminas, cortadas a laser, e a montagem é manual.

O material e o equipamento foram fornecidos pelo Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh) e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes).

Com informações da Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de Química