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UFMG é a melhor federal em ranking de universidades de nações emergentes

Fonte: UFMG.

Instituição agora integra primeiro quartil da avaliação da Times Higher Education (THE)

Reitoria da UFMG: curva ascendente em sua posição relativa no ranking | Foto: Raphaella Dias / UFMG.

A UFMG é a instituição federal brasileira de ensino superior mais bem classificada no Emerging Economies University Rankings 2020, da revista britânica Times Higher Education (THE). No levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 19, a instituição integra, pela primeira vez, o primeiro quartil de classificação do Emerging Economies University Rankings, ou seja, figura no grupo das 25% melhores entre todas as universidades incluídas na avaliação.

Ao todo, 533 universidades de 47 países ou regiões foram listadas na edição deste ano do ranking, que avalia mais de 30 campos do conhecimento. A UFMG alcançou a quarta colocação no Brasil (132º lugar geral), atrás da USP (14ª posição geral), Unicamp (55ª colocação) e a PUC-Rio (88º lugar). A segunda federal brasileira mais bem posicionada no levantamento é a UFRGS (134º lugar geral).

Quartil de elite
Com a colocação alcançada neste ano, a UFMG passa ser a única federal do país a figurar no percentil 25 das instituições mais bem classificadas.

Para o professor Dawisson Lopes, diretor adjunto de Relações Internacionais, a colocação alcançada pela UFMG ganha mais relevância quando se analisa o perfil das nações incluídas no levantamento. “O ranking de emergentes da THE não se limita às nações em estágio médio de desenvolvimento: alguns países avaliados já integram a elite mundial, e isso obriga o Brasil a competir com algumas das maiores economias do mundo”, explica o diretor.

“É o caso da China, que apesar de ser um país emergente nos critérios de classificação internacional (sobretudo em razão de seu relativamente baixo índice de desenvolvimento humano), é a dona da segunda maior economia do mundo e de um parque universitário de elite”, destaca Lopes. “Nesse sentido, a classificação demonstra que a UFMG tem feito bem o seu dever de casa”, completa o diretor.

Histórico
Nos últimos anos, a UFMG manteve curva crescente em sua colocação relativa dentro do montante geral de instituições avaliadas pelo ranking de emergentes da Times Higher Education.

Em 2017, em um universo de 300 instituições, a UFMG integrava o percentil 43, ocupando a 129º posição. No ano seguinte, mesmo com o crescimento do universo de instituições avaliadas para 378, a Universidade conseguiu ficar na posição 150ª, migrando para o percentil 40 do montante.

O grande salto, contudo, ocorreu no ano passado. Mesmo com o aumento do universo de instituições para 443, a UFMG subiu 23 degraus no índice absoluto geral e alcançou a 127ª posição, migrando para o percentil 29 das instituições mais bem classificadas.

Neste ano, o universo de instituições avaliadas chegou a 533, mas a Universidade ficou na posição 132ª, passando pela primeira vez a integrar o percentil 25 das instituições mais bem avaliadas.

Consequência dos avanços
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida avaliou que o avanço da UFMG reflete os investimentos que a Universidade tem feito em todos os seus setores, acadêmico e administrativo, apesar dos sucessivos cortes e contingenciamentos no orçamento, que têm dificultado a gestão da instituição.

“Certamente é um resultado a ser comemorado, mas é necessário destacar que a UFMG não se orienta pela busca de bom desempenho em rankings. Estar bem colocado em um ranking deve ser consequência das políticas implantadas pela instituição. No caso da UFMG, a busca da excelência, com equidade, é permanente. Quando investimos e avançamos – como na inovação acadêmica, na construção de uma política própria de avaliação da pós-graduação e pesquisa, na internacionalização e na ampliação dos mecanismos de inclusão social –, esses resultados refletem-se nessas avaliações externas”, afirma.

Sobre o ranking
O Emerging Economies University Rankings usa os mesmos indicadores de desempenho do ranking geral da revista britânica Times Higher Education (THE), mas, no levantamento, esses indicadores “são recalibrados para refletir as prioridades de desenvolvimento das universidades das economias emergentes”, como informa o THE em seu site.

No levantamento, são consideradas as instituições de países classificados como “emergentes avançados”, “emergentes secundários” ou de “fronteira” pelo grupo FTSE, organização independente, de propriedade da Bolsa de Valores de Londres e do jornal The Financial Times, que cria e gerencia índices de ações. O Brasil está classificado como nação emergente avançada.

A avaliação considera os seguintes indicadores e pesos na nota atribuída a cada instituição: Ensino (30%), Pesquisa (30%), Citações (30%), Imagem Internacional (7,5%) e Integração com a Indústria (2,5%).