Notícias

CAPES anuncia acréscimo em recursos federais para pós-graduação

Na última semana, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) anunciou um acréscimo de R$ 225 milhões em investimentos nos recursos federais para a pós-graduação. Pelo que informou a própria CAPES, estes recursos não eram reajustados desde 2015 e servem para manutenção de equipamentos, aquisição de material de laboratórios, verba para participação em eventos e de publicação de conteúdos científicos.

Estes recursos serão direcionados tanto ao Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP) quanto ao Programa de Excelência Acadêmica (PROEX). O PROAP diz respeito aqueles cursos que participam do Programa Demanda Social e do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias e Ensino Superior, e o incremento na verba será importante para se ter melhores condições para formar mestres e doutores. Já o Programa PROEX abarca aqueles cursos com nota 6 e 7 junto à própria CAPES, e o incremento da verba caminha no sentido de auxiliar que as melhores pós-graduações do país mantenham seu padrão.

A mudança de postura é considerável, afinal foram oito anos de congelamento de verbas para insumos básicos para se fazer pesquisa no Brasil. Muitas foram as manchetes jornalísticas, principalmente nos quatro anos do último governo federal, que denunciaram esta falta de insumos para realização de pesquisa científica, mesmo que tenhamos passado pela maior pandemia da história da humanidade.

Além disso, o anúncio vem após outra boa notícia para a pós-graduação brasileira, que foi o aumento das bolsas para discentes universitários, depois de 10 anos de congelamento. A bolsa de iniciação científica passou de R$ 400,00 para R$ 700,00; a de mestrado passou de R$ 1.500,00 para R$ 2.100,00; a de doutorado de R$ 2.200,00 para R$ 3.1000,00; e a de pós-doutorado de R$ 4.100,00 para R$ 5.200,00.

Novos ventos sopram para a pós-graduação brasileira. Nossa função, enquanto categoria que lida diretamente com este campo, é continuar sendo uma força de pressão para um aumento ainda maior nos investimentos em ensino, pesquisa e extensão universitárias. Precisamos nos recuperar de tanto tempo de desinvestimento e tratar a educação pública, gratuita e de qualidade social com a centralidade e protagonismo necessário.