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APUBHUFMG+ promove mesa redonda para discutir experiências de paridade em eleições para reitoria das IFES

No dia 25/06, às 15h, na sala de seminário 1014 da Escola de Engenharia, o APUBHUFMG+ realizará uma Mesa Redonda com o tema “Três experiências de paridade em eleições para reitoria das IFES”. Essa mesa será constituída por uma estudante, uma servidora docente e outra técnico-administrativa que são provenientes de três universidades federais distintas, todas com eleição para reitoria sob o critério da paridade. A servidora técnico-administrativa é Maristela Piedade que trabalha na UFRGS, é coordenadora do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos daquela universidade e integra a diretoria da federação nacional FASUBRA. Joana Ferreira do Amaral é professora da Escola de Nutrição da UFOP e integra atualmente a diretoria da Seção Sindical do ANDES-SN na universidade, com mandato de 2023 a 2027 A estudante Ana Emília Carvalho de Souza, atualmente, faz mestrado na UFRB, mas se graduou em Ciências Sociais na UFJF: as duas universidades têm eleições paritárias. Atualmente, 53 das 69 universidades federais adotam a paridade nas eleições para a reitoria.

A Mesa “Três experiências de paridade” é uma iniciativa do APUBHUFMG+ em parceria com o SINDIFES e com forças do movimento estudantil da UFMG. O SINDIFES e o movimento estudantil da UFMG estão, novamente, em campanha pela adoção da paridade nas eleições para a reitoria na nossa universidade. Eles convidaram o APUBH para fazer parte dessa campanha e a diretoria do Sindicato Docente informou que não poderia tomar um posicionamento sobre a questão sem consultar a categoria. Ciente do desconhecimento sobre como funciona o processo de paridade, a diretoria do APUBH decidiu realizar a Mesa. Depois da Mesa, a diretoria do APUBH convocará uma assembleia para o(a)s docentes da UFMG deliberarem seu posicionamento acerca da paridade. 

Diferentemente do que muito(a)s docentes imaginam, a paridade nas eleições para a reitoria em nada se aproxima de um voto universal, no qual os votos unitários de discentes, servidores docentes e técnico-administrativos têm o mesmo peso. Na eleição paritária para reitor(a), cada segmento da comunidade universitária – estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos – podem atingir um peso potencialmente igual a ⅓ ou 33,33%.  Como o número de estudantes da UFMG gira em torno de 47 mil e o número de docentes em torno dos 3 mil, isso significa que o voto unitário de um docente tem peso 15,7 vezes maior do que o voto unitário de um discente. 

A diferença de peso é menor no caso dos servidores técnico-administrativos (TAEs) cujo número gira em torno dos 4,2 mil. Nesse caso, o voto de um docente vale 1,4 vezes mais do que o voto de um TAE. Acontece, porém, que apenas docentes podem exercer o cargo de reitor(a) e, nesse sentido, não se pode dizer que a paridade nas eleições para reitoria iguala os servidores docentes e TAEs. 

Mesmo com essas informações iniciais, ainda há muito mais a se problematizar e se compreender sobre eventuais efeitos da adoção da paridade na UFMG. O CONSUNI está apreciando essa proposta e é importante que todo(a) nós docentes participemos desse debate. 

Faça sua parte e venha participar da Mesa Redonda com o tema “Três experiências de paridade em eleições para reitoria das IFES”!

Haverá transmissão ao vivo pelo canal do APUBH no youtube: www.youtube.com/@Apubhufmgsindicato