Orgulho LGBTQIA+: celebrar, acolher e resistir
No dia 28 de junho, celebramos o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Assim, fazemos um convite à empatia e à reflexão: quantas histórias de amor foram e continuam a ser escondidas por medo? Quantos sonhos interrompidos pela discriminação e pela violência?
O preconceito segue negando a humanidade a quem apenas deseja viver com dignidade e liberdade. Foi preciso que mais de uma pessoa levantasse a voz (e sofresse com isso), ao afirmar que todas as formas de existir merecem respeito e espaço.
A data, que agora celebramos, relembra aquela madrugada de 1969, quando pessoas LGBTQIA+, que frequentavam o bar Stonewall Inn, decidiram resistir à violência policial e à exclusão a que eram submetidas.
A mobilização coletiva entrou para a história como a Rebelião de Stonewall. O que antes era um refúgio se tornou um símbolo em defesa da dignidade e contra a repressão. Um ano depois, cerca de 10 mil pessoas marcharam para celebrar a força daquela noite. Desde então, o movimento ganhou força e se diversificou, ocupando mais e mais espaços.
O tempo passou, vitórias foram conquistadas, mas pessoas LGBTQIA+ continuam enfrentando dificuldades dolorosas, como ofensas nas redes sociais, agressões nas ruas, portas fechadas no mercado de trabalho e o preconceito de suas próprias famílias.
E para piorar: os discursos de ódio e o pânico moral vêm sendo usados como ferramenta política, reforçando desigualdades históricas. Não podemos fechar os olhos para isso. A diversidade não é um problema a ser corrigido — é uma riqueza a ser celebrada.
Neste contexto, o orgulho é mais do que uma celebração: é um ato de resistência. Por isso mesmo, essa luta não é apenas das pessoas LGBTQIA+.
Toda a sociedade precisa defender o direito de cada pessoa poder ser quem é, sem precisar sentir medo. Levantar essa bandeira é contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e, verdadeiramente, inclusiva e democrática.
Que este Dia do Orgulho LGBTQIA+ seja um marco de celebração, mas também de resistência e acolhimento. Enquanto houver desigualdade, a luta continua — e cada gesto de apoio conta!