Acontece no APUBH

Jornada de Criação e Intervenção em defesa da Educação, Artes, Cultura, Ciência e Tecnologia

Uma das propostas aprovadas na assembleia do dia 19/09/2019 foi a realização de uma “Jornada de Criação e Intervenção em defesa da Educação, Artes, Cultura, Ciência e Tecnologia”. Ela foi apresentada por um grupo de professores que se reuniu em preparação à assembleia. Os principais objetivos da Jornada são: (a) criação de instrumentos para aumentar a capacidade pedagógica e comunicativa da comunidade universitária na defesa das universidades e na denúncia dos efeitos dos cortes em Educação, Ciência e Tecnologia junto à sociedade; (b) aumento da qualidade dos atos de rua, das ações nas redes sociais e do alcance das mídias produzidas pela comunidade universitária em defesa das universidades e na denúncia dos efeitos das políticas do atual governo para o futuro do nosso país.

Esses objetivos seriam alcançados mediante a realização de um dia de oficinas nos três turnos, em várias unidades da UFMG e envolvendo os três segmentos da comunidade universitária: docentes, discentes e técnico-administrativos. A data de realização da Jornada ficou condicionada à adesão da categoria docente e da comunidade universitária aos Dois Dias Nacionais de Luta em Defesa das Universidades que estão sendo convocados pela UNE, FASUBRA e ANDES para os dias 02 e 03/10.

Os docentes têm assembleia marcada para a próxima quinta-feira, dia 26/09, às 11h, no Auditório 3 do ICEX, no Campus Pampulha. A adesão à paralisação nos dias 02 e 03 é o principal ponto de pauta. Uma justificativa para atendermos a essa chamada é a necessidade de reagirmos à proposta de orçamento para 2020 enviada ao Congresso pelo governo federal. A proposta dá prosseguimento e acentua o “apagão” em Educação, Ciência e Tecnologia, pois realiza cortes ainda mais profundos dos praticados em 2019 nos orçamentos das IFES e das Agências de Fomento.

Se nossa adesão a esses dois dias de paralisação e luta se confirmar poderíamos dedicar o dia 02/10 a realização de oficinas para produção de vídeos para redes sociais; animações para projeção em muros da cidade; spots de áudio para veiculação em rádios e redes sociais; frases e palavras de ordem potencializadas em design por técnicas de gráfica tática; memes e peças de comunicação visual satíricas; flash mobs e outras intervenções rápidas em ações de rua; teatro do oprimido; ações orquestradas nas redes sociais; etc.

No dia 03/10, novamente, com a interrupção das atividades acadêmicas normais, faríamos uma intensa ação nas ruas e nas redes sociais com as pessoas e os produtos das oficinas realizadas no dia anterior. As ações de rua fariam parte de uma programação mais ampla para ocupação de diversos locais da cidade, inclusive nas periferias. Nesses espaços realizaríamos mostras de ciências, atendimentos jurídicos, médicos ou psicológicos gratuitos, rodas de conversa, mostras de profissões, aulões púbicos e espetáculos artísticos, por exemplo.

As ações nas ruas e nas redes sociais seriam nova oportunidade para mostramos à população porque é importante defender o caráter público e democrático das universidades.