Acontece no APUBH

Greve Geral: todas e todos nas ruas, em defesa da Educação e do direito à aposentadoria

APUBH uniu forças à comunidade da UFMG no Ato Unificado do dia 14 de junho

Enquanto os direitos das brasileiras e dos brasileiros estiverem ameaçados, estaremos nas ruas para defendê-los, ainda que as ameaças venham do próprio governo federal. Esse foi o recado dado na Greve Geral convocada pelas Centrais sindicais e movimentos populares para essa sexta-feira (14/06). Após as paralisações dos 15 e 30 de maio,  mais uma vez a classe trabalhadora e o movimento estudantil se uniram na luta contra os cortes na educação, pesquisa e extensão públicas e contra o desmonte da previdência.

O APUBH reforçou as fileiras da Greve Geral. A categoria docente da UFMG aderiu à greve, em decisão tomada por unanimidade em assembleia. Com a decisão, professoras e professores se uniram a estudantes e técnico-administrativos, garantindo uma grande participação da universidade no ato.

A greve demonstrou a força e a união da população contra a agenda neoliberal de retrocessos que vem sendo implementada no país. Mais de 250 mil pessoas participaram do ato, contando com a adesão de diversas categorias.

Confira a cobertura em fotos e vídeos da manifestação.

UFMG no 14J

O Campus Saúde da UFMG foi o local de concentração da comunidade acadêmica. A manhã foi um momento de conscientizar e mobilizar a população, através da panfletagem e diálogo. A oposição do APUBH à destruição do direito à aposentadoria foi impressa na camiseta “NÃO ao fim da previdência”, distribuída aos presentes. Na tenda do sindicato, também foram distribuídos bandeiras e adesivos.

A Faculdade de Medicina foi o ponto de partida da performance artística “Mar de Gente” realizada por estudantes, professores e técnico-administrativos.  Cobertos por um pano branco, 96 pessoas simularam um mar que se agitava à medida em que caminhava. Entoando cantos como “Chegou, chegou o mar vai ocupar. Não há corte que nos cale, educação vai transbordar”, a performance tomou as ruas e avenidas pelas quais passou chamando a atenção da população para a pauta da greve geral e a defendida pela comunidade universitária.

Uma das criadoras da performance, a estudante de Artes Visuais da UFMG, Débora Rudá, relembra o contexto de criação do Mar de Gente durante o movimento Ocupa Belas Artes e OcupaMúsica em 2016 e a luta contra a PEC dos Gastos. Naquele ano, o Mar de Gente se transformou numa “imagem forte das manifestações daquele ano”, contou.  Rudá ainda destacou o propósito da performance de possibilitar uma experiência cidadã coletiva e cumprindo o papel simbólico de ocupar as ruas de uma maneira imagética, estética”. E finaliza dizendo que “Ele tem seu lugar na história das manifestações de Belo Horizonte. Acho que mostra uma parceria muito bonita entre os estudantes, os professores e os técnicos. Acho que ele mostra a potência que há nessa parceria”.

Os manifestantes seguiram em passeata em direção à Praça Afonso Arinos, ao lado da Faculdade de Direito da UFMG. No local, aconteceu a concentração para o Ato Unificado, com a presença de centrais sindicais e movimentos populares. A manifestação ocupou o hipercentro de Belo Horizonte, percorrendo pontos icônicos da capital como a Praça Sete. A Praça da Estação foi a última parada da passeata.