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Fortalecer a greve na educação federal perpassa pelo combate às fake news

Ao longo dos últimos anos, estamos testemunhando como a divulgação de notícias falsas é usada como ferramenta para desinformar a população. Algo que contribuiu para a disseminação das ideias da extrema direita, assim como serve para tentar enfraquecer a mobilização da classe trabalhadora. E a mesma artimanha vem sendo usada contra o atual movimento grevista dos servidores da educação federal.

Desta vez, circula a informação de que os servidores da educação federal não teriam realizado greves durante o governo Bolsonaro. Naturalmente, essa informação não procede. Basta lembrar da Greve Nacional do Setor Público, que ocorreu em 2021, mesmo em meio ao contexto pandêmico. Além do que, não faltam exemplos de mobilizações do setor de ensino.

E não podemos esquecer da jornada de lutas, ao longo da gestão bolsonarista, contra os cortes sem Educação e nas Universidades Públicas e Institutos Federais. Nesse sentido, destaca-se o ato público em 15 de maio de 2019, no primeiro ano de mandato do inelegível. Aquele foi um dia histórico de mobilização que ficou conhecido como “Tsunami da Educação”. Em BH, a manifestação reuniu mais de 250 mil pessoas.

Cabe destacar, ainda, que a defasagem em nossos vencimentos (uma das pautas de nossas reinvindicações atuais) se deve, em sua maior parte, ao congelamento dos salários da categoria perpetrado nos governos Temer e Bolsonaro. A diferença está no fato de que, na atual gestão, foram reabertos os canais de diálogo com o governo federal. Nem de longe, no entanto, isso significa que possamos nos afastar da luta.

A mobilização coletiva continua sendo a nossa principal forma de conquista, manutenção e ampliação de direitos. Da mesma forma, o diálogo com a população e o combate às redes de ódio, mentiras e obscurantismo precisam ser permanentes em nossas atuações políticas.