Em assembleia, professores da UFMG aprovaram indicativo de greve de 48 horas
Adesão à Greve Geral, nos dias 2 e 3/10, será votada em assembleia no dia 26 de setembro
O APUBH realizou Assembleia Geral Extraordinária, nesta quinta-feira (19/09), no Auditório Neidson Rodrigues da Faculdade de Educação – FAE/UFMG. Assista ao registro da assembleia – 1ª parte / 2ª parte.
Nos informes iniciais, a mesa dirigente notificou os presentes sobre a solicitação feita à UFMG sobre o impacto dos cortes na instituição. Confira neste link, a resposta da Reitoria. Foi apresentada ainda a Campanha “A UFMG é sua”, seguida de convite para adesão por meio do envio de contribuições (vídeos e textos). A nota da Diretoria do APUBH em solidariedade à reitoria, professores, técnicos e estudantes envolvidos com o Memorial da Anistia foi distribuída aos participantes da Assembleia, bem como o documento do Observatório do Conhecimento sobre os cortes no CNPq.
A assessora jurídica do APUBH, Sarah Campos fez uma análise jurídica sobre os efeitos do Decreto 9919/19.
Paralisação nos dias 2 e 3 de outubro
As professoras e os professores presentes discutiram a luta contra os cortes em Educação, Artes, Cultura, Ciência e Tecnologia e em defesa da universidade pública e gratuita. As ameaças incluem a eventual implementação do projeto “Future-se”, os cortes nos orçamentos do CNPq e da Capes, entre outras medidas adotadas pelo governo federal.
A assembleia discutiu a adesão da categoria à paralisação de 48 horas, nos dias 2 e 3 de outubro, em defesa do patrimônio educacional e científico brasileiro. A mobilização tem sido articulada por movimentos sindicais e estudantis e por entidades representativas dos setores de educação.
Em votação, os presentes aprovaram por unanimidade indicativo de greve para os dias 2 e 3 de outubro. Deliberou-se também que a votação da paralisação ocorra na próxima assembleia, a ser realizada na próxima quinta-feira, dia 26 de setembro, em horário e local a serem divulgados. Foi decidida ainda a realização de reuniões nas unidades acadêmicas, como forma de mobilização e preparação da categoria para a assembleia e mobilizações futuras.
Como forma de engajamento e preparação, foi proposta a realização de oficinas e de uma Jornada de Criação e Intervenção, no dia 2 de outubro. As atividades ocorrerão em várias unidades acadêmicas, nos três turnos,organizadas e realizadas em uma parceria pelos três setores da UFMG – docentes, estudantes e técnico-administrativos. As mídias e os materiais produzidos serão utilizados para a mobilização no dia seguinte (03/10). A proposta foi aprovada por unanimidade.
Articulação e mobilização
A assembleia também aprovou a realização de sondagem junto aos professores, por meio de enquete e pesquisa, para entender como a categoria percebe o momento atual e saber qual a melhor forma de incentivar a sua participação nas diversas mobilizações organizadas pelo sindicato. Também foi aprovada a realização de campanha de filiação para aumentar o engajamento docente.
A assembleia reforçou ainda a importância de mobilizar a rede mineira de Institutos Federais de Ensino Superior (IFES), presentes em diferentes municípios do estado. A proposta aprovado foi de sensibilizar a população e os poderes executivo (prefeitos) e legislativo (vereadores) destas cidades apontando para a gravidade da reforma previdência e o desmonte das IFES e seus impactos na economia local.
Por fim, discutiu-se o apoio para que estudantes da universidade participem da 46ª edição do Congresso da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG), que acontece entre os dias 20 e 22 de setembro, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A assembleia sinalizou positivamente que o sindicato realize o financiamento do transporte, tendo como contrapartida que a participação ocorra de forma democrática e com possibilidade de que todas as tendências do movimento estudantil possam usufruir do ônibus.