Categoria docente da UFMG e da UFSJ/Ouro Branco se mobiliza contra ataques à Universidade Pública
Em assembleia, professoras e professores deliberaram pela adesão à Greve Nacional da Educação, no dia 18/03
As professoras e os professores da UFMG e da UFSJ/Ouro Branco aprovaram adesão à Greve Nacional da Educação, no dia 18/03. A decisão foi tomada em assembleia, realizada terça-feira (10/03), na FaE/UFMG. Com a medida, a categoria sinaliza oposição aos ataques à Ciência e à Universidade Pública, promovidos pelo atual governo. Os e as docentes entenderam que os constantes cortes de orçamento nas universidades, bem como nas agências públicas de fomento à pesquisa trazem sérios prejuízos para todo o país. Outro ponto que recebeu destaque são as medidas que apontam para um crescente cerceamento da autonomia universitária.
Os docentes também se manifestam contra as medidas de sucateamento do serviço público federal e perseguição aos seus trabalhadores. As medidas refletem a implementação de uma política econômica neoliberal em curso no país. Os professores das federais já sentem os efeitos dessas medidas na redução de salários, causada pelas novas alíquotas previdenciárias, presentes na “reforma” da Previdência.
Uma nova assembleia para definir os próximos passos da categoria foi deliberada para às 14h do dia 18 de março. Na pauta, constará a proposta de greve por tempo indeterminado. A sinalização de que a UFMG já se encontra em estado de greve, desde o dia 10/03, também aprovada pelos docentes. No período entre a assembleia do dia 10/03 e a do dia 18/03, todos os presentes se comprometeram a realizar ações de mobilização e conscientização da comunidade acadêmica e da população em geral.
A greve geral convocada para a próxima quarta-feira (18M) faz parte dos Atos convocados por centrais sindicais, por movimentos sociais e populares e tem como pautas a Defesa da Democracia, a Defesa da Educação e do Serviço Público.
Propostas votadas
Entre as propostas votadas na Assembleia, foram aprovadas as seguintes atividades para a greve do dia 18:
- Realização de assembleia no dia 18;
- Constituição de uma comissão de mobilização que coordenará as atividades até o dia 18/03.
- Coletiva de imprensa informando sobre a mobilização e pauta de reivindicações dos professores e das professoras;
- Montagem de tendas temáticas que busquem aproximar a população do conhecimento gerado na universidade; e promoção de oficinas no local da concentração do ato público do dia 18;
- Arrastão da educação (cortejo organizado por alas em torno de grandes temas) com apoio dos blocos de carnaval de BH/ a juventude. Reinvenção do “Mar de Gente”.
- Apoiar a construção do dia 14 de março em homenagem a Marielle Franco;
- Envio de mensagens diárias para os filiados com informações objetivas e mobilizadoras;
- pílulas diárias para os professores com informação sobre as movimentações;
- Realização na EBA/UFMG da oficina gráfica tática com produção de abadás para dia 18. A proposta é que haja produção quinzenal de material de resistência;
O cronograma das atividades (horários e locais) será definido em consonância com outros sindicatos, associações, frentes e centrais sindicais a fim de ter sintonia com iniciativas locais e nacionais.
Informes
Nos informes iniciais, foi anunciada a abertura das inscrições das chapas que desejam concorrer à eleição da Diretoria do APUBH, que será realizada em maio. Os presentes também foram informados sobre a criação da Frente pela Educação Democrática (FPED-MG), um espaço de discussão, fortalecimento e defesa pela educação democrática que agrega sindicatos e entidades do setor da Educação em Minas Gerais. Também foi divulgada a mesa redonda “Ciência e Fake News”, que será realizada no dia 13 de março.
Vídeo completo da Assembleia: