Acontece no APUBH

APUBH e FEPEMG marcam presença no Fórum do Seminário Internacional – REPARAÇÕES

Na noite do dia 21.3, ainda dentro do equinócio de outono, a profa. Analise da Silva participou do Fórum do Seminário Internacional – REPARAÇÕES. Analise esteve no evento, chamado pela jornalista e cientista política Diva Moreira, representando o Fórum Estadual Permanente de Educação de Minas do qual é coordenadora e o APUBH do qual é a 1ª vice-presidenta. Ela explicou que a luta antirracista não é recente na pauta da classe trabalhadora, muito embora suas lideranças nem sempre a tenham abraçado. “A incorporação das chamadas questões identitárias são um desafio exatamente por não serem novidade. Pessoas trabalhadoras negras, indígenas, mulheres, empobrecidas, camponesas ou periferizadas sempre foram subalternizadas nas relações de trabalho. Assim como não é novidade a resistência dessas pessoas em romper com a naturalização de construções sócio-histórico-culturais”, ponderou Analise.

1ª vice-presidenta do APUBH, a professora Analise da Silva participou do Fórum do Seminário Internacional – REPARAÇÕES.

Se podemos comemorar a derrota nas urnas do GovernoDaMorte, as consequências do GovernoDaFome ainda estão bastante presentes e vamos precisar construir a resistência para derrotar a concepção de mundo que nos enxerga como coisas, como propriedades, como mercadorias desde a escravização até as condições de trabalho sub-humanas a que pessoas negras são submetidas nos dias atuais como se isso fosse algo “natural”. E essa resistência precisa ser construída na rua, segundo a 1ª vice-presidenta.

Analise, que é pesquisadora do campo da Educação de pessoas jovens, adultas e idosas, lembrou que em Minas Gerais, o Governo Zema não apresentou proposta de inclusão das 2 milhões e 830 mil pessoas com 18 anos ou mais que não têm Ensino Médio completo e que, ainda por cima, vem sendo expulsas das escolas pilotos do Projeto Somar, por exemplo. Ela sugere que, ao contrário, continua a “produção” de pessoas estudantes que completam 15 anos e são abandonadas em definitivo por uma escola que os abandonou aos poucos do 1º ao 9º ano e que agora aos 15, continuam não alfabetizadas. Afinal, pessoas sujeitos de direitos da EJA não dão ponto no IDEB para o recebimento de honrarias e ao aporte de verbas internacionais pelo Governo Estadual, indevidas neste caso, de acordo com a avaliação da Coordenadora do FEPEMG.

A nossa representante na reunião do Fórum do Seminário Internacional – REPARAÇÕES encerra dizendo que já estamos construindo a Semana Negra no APUBH e que, certamente, estaremos na construção coletiva do Novembro Negro em Minas Gerais. E, como ela sempre nos diz, Sigamos 🌻

Crédito das fotos: Analise da Silva