APUBH estuda a possibilidade de ingresso de ação coletiva por danos morais contra jornalistas da Jovem Pan
No último dia 02 de dezembro, enquanto o MEC divulgava a Portaria nº1.030 que determinava o retorno das aulas presenciais em 04 de janeiro de 2021, os docentes e as docentes das universidades públicas federais brasileiras foram alvo de ataques de dois jornalistas da Jovem Pan Augusto Nunes e Paulo Figueiredo Filho, respectivamente, fizeram comentários depreciativos sobre o trabalho docente em Universidades Públicas Federais durante a pandemia do Covid-19.
Augusto Nunes, utiliza-se de importante veículo de comunicação para defender a reabertura das instituições de ensino e o retorno das aulas presenciais por meio da disseminação de discurso odioso e ofensivo ao trabalho dos docentes das IFE’s Ele ainda criticou a qualidade das aulas ministradas no regime remoto, sem apontar dados, inclusive aqueles que tratam sobre dificuldades enfrentadas pela categoria. Além disso, Nunes lamentou também não ser possível enquadrar os docentes por vadiagem.
Por sua vez, o jornalista Paulo Figueiredo Filho criticou a não reabertura das universidades devido à pandemia do Covid-19, afirmando que o número de mortes de universitários por coronavírus é baixíssimo, citando números do EUA, como se fosse aceitável a morte que poderia ser evitada, por que nos EUA se faz assim. De acordo com ele, “Em universidade federal qualquer coisa é desculpa para não dar aula, o pessoal não é muito de trabalho não. E pode espernear à vontade. Esse pessoal normalmente grita muito alto. Agora se acha que eu estou errado, prova que eu estou errado. Deixa de fazer greve no ano que vem. Deixa seus alunos terem aula. Aí vocês estarão provando que eu estou errado”.
Essas afirmações levaram a diretoria do APUBH a fazer uma consulta à sua assessoria jurídica sobre a possibilidade de ingresso de ação coletiva por danos morais, a exemplo da que foi acionada contra o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub que, durante sua permanência no governo Bolsonaro, sistematicamente atacava os docentes e instituições federais de ensino com acusações e xingamentos infundados. Posteriormente, o APUBH comunicará os filiados sobre a ação para que possam aprovar o seu ingresso no judiciário.