Acontece no APUBH

#8M: um dia de luta contra a violência, a fome e o fascismo

No dia 8 de março, comemoramos mais um Dia Internacional da Mulher, data anual que simboliza a luta histórica das mulheres por direitos e equidade de gênero. Sob os gritos de exigência por uma vida digna, direito ao aborto, contra o racismo, o fascismo e o capitalismo, a data contou com movimentos em todo o país. Em BH e na região metropolitana, a concentração foi na Praça da Liberdade, seguida de caminhada em direção à Praça Sete, no centro da capital, e contou com a presença de diversas lideranças do movimento social, movimento estudantil, entidades e representantes políticas. O APUBH UFMG+ foi uma das entidades apoiadoras do ato.

 

Fotografias de Lara Marques/APUBH

Em Montes Claros, o ato “Luto Público pela vida das Mulheres” aconteceu na Praça Doutor Carlos Versiani e reuniu as mulheres montes-clarense para protestar contra a violência física e psicológica, o assédio em todas as suas formas e o feminicídio. Com as palavras de ordem: “pela vida das mulheres! pelo direito de permanecermos vivas!”, as participantes buscaram chamar a atenção para a sua pauta de luta mostrando para a população a gravidade da situação de violência contra as mulheres a que são submetidas as mulheres no estado de Minas Gerais e em Montes Claros.

No dia 8 de março, comemora-se o primeiro dia de luta das mulheres fora do governo de retrocessos de Jair Bolsonaro. As mulheres que saíram  às ruas conseguem respirar um pouco mais aliviadas e esperançosas de terem um governo que assume as questões das mulheres como agenda para políticas públicas. Expuseram também  na rua, a luta que tem sido o descaso e as sequelas desses últimos quatro anos de um governo assumidamente misógino, racista e homofóbico, juntamente com a demanda pelo avanço de políticas públicas que garantam direitos e respeito às mulheres, assim como o desejo pelo fortalecimento da democracia e por uma vida digna.

Conforme o portal G1, no Brasil registra-se uma elevada taxa de assassinato de mulheres em cada 100 mil habitantes na ordem de 3,6; no estado de Minas Gerais registra-se também uma elevada taxa de homicídio – de 2,8 assassinatos em cada 100 mil habitantes -, o que demonstra a presença de uma cultura da  violência praticada contra as mulheres em nosso estado.

O #8M organizado todos os anos em Belo Horizonte, reuniu diversas entidades, movimentos sociais e mulheres na luta contra o patriarcado e todas as formas de opressão e violência contra as mulheres.

Estiveram presentes no #8M e com falas sobre representatividade e resistência na luta contra o patriarcado, a misoginia e o fascismo as deputadas estaduais Beatriz Cerqueira (PT), Bella Gonçalves (PSOL) e a vereadora Iza Lourença (PSOL), que se uniram aos manifestantes sob os gritos “pela vida das mulheres”, “pelo direito de decidir”, “democracia, território e direitos”, “sem anistia para golpistas”, “na rua contra o fascismo”, “mulheres contra a mineração da Serra do Curral” e “pelo fim da fome”. A marcha do #8M marcou, mais uma vez, a luta mobilizada por mulheres em prol de toda a sociedade, na construção pelo fortalecimento da democracia e a favor de um Brasil diverso e mais feminista.