11 de agosto: Fora Governo Bolsonaro! Em defesa da democracia e por eleições livres
No próximo 11 de agosto, dia que marca as comemorações do dia estudante, as ruas de todo o Brasil serão tomadas pelos discentes, sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos em defesa da Educação, da democracia e das eleições livres e que respeitem o resultado da consulta popular, sem ameaças e sem golpe de Estado.
O movimento terá como mote o “Fora Governo Bolsonaro”. Não é para menos: o atual governo que, pelo seu negacionismo e obscurantismo, levou o Brasil a ser o segundo país no mundo em número de mortos, chegando a quase 700 mil óbitos, também quer matar sua população de fome. Segundo a ONU, o Brasil é o primeiro país a sair do mapa da fome e voltar para este triste marco, sem ter passado por uma guerra.
Mas será que não passamos mesmo por uma guerra? O número de mortos durante a pandemia são números semelhantes ao de conflitos armados. Mais que isso, a inflação, fruto da política-econômica do governo Bolsonaro, tornou insustentável a relação entre o salário pago para aqueles que conseguem ter um trabalho e os itens básicos de consumo. O resultado é que hoje, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) escancarou uma piora significativa da fome no Brasil no período de 2019-2021, e mostra que cerca de 15,4 milhões de pessoas estão na categoria de insegurança alimentar grave no país, ou seja, estão famintos e não têm o que comer.
Especificamente em relação à educação, a política do governo Bolsonaro é de morte por asfixia. Seguindo a lógica de todo o seu governo, neste ano, foi cortado mais R$ 1,6 bilhão da pasta da Educação. O desinvestimento afeta diretamente a vida dos estudantes como a concessão de bolsas para discentes de graduação e pós-graduação, o que leva a um número cada vez maior de evasão escolar; a compra de livros e insumos para pesquisa; além da feitura de obras infraestruturais nas instituições federais e contratação de pessoal terceirizado, no âmbito da segurança e dos serviços gerais.
Os cortes nos levam a um cenário em que hoje, 17 universidades federais estão sob ameaça de não conseguir funcionar até o fim do ano. Como exemplo, temos a Universidade Federal do Rio de Janeiro, que só tem dinheiro para pagar as contas até o mês de setembro ou a Universidade Federal de Lavras que foi obrigada a demitir quase 150 funcionários terceirizados que trabalhavam em limpeza, segurança e manutenção. Com a sequência de cortes que está sendo realizada, não é difícil imaginar e esperar que este cenário será o de todas as instituições federais de ensino do país.
Se não bastasse tudo isso, o governo Bolsonaro está colocando sob constante ameaça o procedimento das eleições de outubro através das urnas eletrônicas, divulgando uma série de notícias falsas sobre a idoneidade das urnas e afirmando que não aceitará o resultado das eleições, caso seja derrotado.
A conjuntura exposta é motivo mais que suficiente para se somar aos atos de rua no próximo dia 11, quinta-feira. Em Belo Horizonte, o ato será às 17h, com concentração na Praça Afonso Arinos, seguida de passeata pelo centro da cidade. Convidamos toda nossa base de filiados e filiadas a se somar ao ato, em defesa da Educação, da Democracia e das eleições livres no Brasil. Fora Governo Bolsonaro!