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11/02: Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência – Na luta pela equidade de gênero na ciência: da conscientização à transformação

11 de fevereiro, Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência | Na luta pela equidade de gênero na ciência: da conscientização à transformação.

No dia 11 de fevereiro comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, data estabelecida na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 22 de dezembro de 2015. A ação decorreu para dar visibilidade à igualdade de gênero no espaço da ciência, pesquisa e educação, devido à baixa percentagem feminina na área.

Uma pesquisa levantada pela ONU e pela UNESCO aponta que menos de 30% dos pesquisadores no mundo são mulheres, 70% dos artigos científicos desenvolvidos são de autoria masculina e no Brasil, menos de 14% das posições na Academia Brasileira de Ciências são ocupadas por mulheres. Independente da área, a situação se mantém: em cargos de liderança, no financiamento de pesquisas e nas promoções de trabalho, as mulheres têm menos chances de destaque e presença. Em sua agenda de 2030, a ONU debaterá desigualdades sociais e igualdade de gênero como um assunto de desenvolvimento sustentável.

No Brasil, mesmo com todos os desafios, as mulheres têm tido cada vez mais reconhecimento. Têm sido criadas estratégias para gerar visibilidade e inclusão na ciência e tecnologia e, um exemplo disso é o Prêmio Carolina Bori que, desde 2019, contempla nacionalmente pesquisadoras e cientistas promissoras. Neste ano de 2023, a estudante de graduação Wadja Feitosa dos Santos Silva da Universidade Federal do Alagoas (UFAL), ficou entre as seis pesquisadoras premiadas com menção honrosa na 4° edição do prêmio pela sua pesquisa em compostos antivirais efetivos contra os vírus da dengue e da zika. “Concorrer e ser uma das agraciadas da 4ª edição do Prêmio Carolina Bori na categoria Meninas na Ciência, foi uma experiência de grandioso aprendizado. De fato, participar de uma premiação de tamanha repercussão nacional, que contempla trabalhos de mulheres e meninas que fazem Ciência por todo o país, foi um incentivo não só para mim, mas para todas as meninas que sonham em fazer Ciência e visam a um futuro onde a educação e o desenvolvimento científico serão a base da nossa sociedade” afirma a estudante.[1]

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) criou a premiação em comemoração aos 70 anos da instituição, com intuito de valorizar e incentivar meninas desde a educação básica e também na graduação a quebrarem barreiras e conquistarem o acesso a espaços na ciência, pesquisa e educação que são majoritariamente ocupados por homens.

Em entrevista para a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a vice-presidenta da SBPC, Fernanda Sobral destacou a diversidade de trabalhos inscritos.  “Isso mostra que cada vez mais as meninas estão presentes na ciência em todos os campos do conhecimento, em vários tipos de instituições e em diferentes regiões, o que me deixou muito contente”, afirmou à ABC.

 

[1] http://www.jornaldaciencia.org.br/edicoes/?url=http://jcnoticias.jornaldaciencia.org.br/4-aluna-da-ufal-recebe-mencao-honrosa-no-premio-carolina-bori-ciencia-mulher-da-sbpc/