Educação e ciência em tempos de resistência
Debate, promovido pelo APUBH, integrou as atividades do primeiro dia da greve da UFMG
Na tarde desta quarta-feira (02/10), professoras e professores, técnico-administrativos e estudantes se reuniram na Praça de Serviços do Campus Pampulha, para conversar sobre o tema “Educação e ciência em tempos de resistência”. O debate foi promovido pelo APUBH, integrando a programação de mobilização e conscientização da comunidade interna, realizada no primeiro dia da Greve de 48h, em defesa da Educação.
A discussão do tema teve a participação especial da professora Lúcia Helena Alvarez Leite (FaE/UFMG) e do professor João Prates Romero (FACE/UFMG). A mediação do debate foi feita pela 1ª vice-presidenta, professora Maria Rosaria Barbato.
“Nesse momento, a UFMG está sendo um exemplo para o país de luta e de resistência”, reforçou a vice-presidenta do sindicato. A professora enfatizou a necessidade de que todos dialoguem e conscientizem os seus pares, pois há desinformação sobre o tema mesmo dentro da universidade. Em sua análise, estamos vivendo uma ofensiva neoliberal que afeta não apenas a educação, mas todo o sistema de serviços públicos. O Brasil está sendo submetido à lógica do mercado, e esta não comporta as necessidades e direitos da população.
A professora Lúcia Leite abordou a força que os movimentos sociais têm ao logo da história do Brasil. Segundo a professora da FaE, esta força tem se intensificado e tem papel fundamental na luta em defesa da educação. Esses movimentos se pautam pelas demandas populares, diferente das medidas atualmente tomadas pelo governo federal.
O professor João Romero discutiu o problema fiscal brasileiro, enfatizando que há possibilidades para retomar o equilíbrio fiscal sem prejudicar o ensino e a pesquisa no Brasil. Segundo ele, os cortes em ciência e educação não são justificáveis e, além de não resolverem os problemas atuais, colocam o futuro e o desenvolvimento do país em risco.