Acontece no APUBH

Na UFMG, comunidade acadêmica e parlamentares se unem em defesa da Educação e dos direitos sociais

Grande Ato-Debate foi realizado em conjunto pelo APUBH, pelo SINDIFES e pelo DCE/UFMG

A comunidade acadêmica da UFMG – docentes, estudantes e técnico-administrativos – se reuniu com parlamentares municipais, estaduais e federais, no Grande Ato-Debate em defesa da Universidade Pública e dos Direitos Sociais. A atividade foi promovida em conjunto pelo APUBH, pelo SINDIFES e pelo DCE/UFMG, no início da tarde desta segunda-feira (27/05), na Praça de Serviços, no Campus Pampulha da UFMG. Em pauta, estavam a mobilização e estratégias de luta para a paralisação em defesa da Educação, no dia 30 de maio, e para a Greve Geral Nacional contra a Reforma da Previdência, no dia 14 de junho.

O ato-debate contou com a participação dos deputados federais Áurea Carolina (PSOL/MG), Fernanda Melchionna (PSOL/RS) e Patrus Ananias (PT/MG). A ALMG foi representada por Beatriz Cerqueira (PT) e André Quintão (PT). Da CMBH, estiveram presentes Cida Falabella (PSOL) e Pedro Patrus (PT). Também estiveram presentes Iza Lourença (PSOL) e Leonardo Pericles Vieira (UP).

UFMG

A presidenta do APUBH, profa. Maria Stella Goulart, reforçou que o ato-debate foi um encontro entre aqueles que não aceitam o processo de retrocessos e perda de direitos que vem sendo imposto sobre o país. E, nesse encontro, foram estabelecidas linhas de articulação entre a comunidade universitária e dos nossos representantes no Poder Legislativo, na construção conjunta da luta em defesa dos direitos sociais, que incluem Educação e Seguridade Social.

O estudante Gabriel Lopo, da coordenação-geral do DCE/UFMG, disse que esse é o momento de irmos todas e todos para a rua, participar ativamente dos próximos atos. E para essa participação, o ato-debate foi o espaço de construir e fortalecer a mobilização. A convocação foi reforçada pela estudante Anna Carolina Leal, que também integra a coordenação do diretório. Ela observou que é preciso romper a “bolha” que se formou na Universidade, ocupar os espaços da cidade e dialogar com a população.

A coordenadora-geral do Sindifes, Cristina Del Papa, detalhou o cronograma de atividades do dia 30 de maio, composta por atividades em conjunto dos três setores da Universidade. Ela destacou a importância da unidade na luta em defesa da UFMG, com a participação de TAE’s, professores e estudantes. Segundo a técnico-administrativa, esse movimento tende a fortalecer a luta.

Parlamentares

O vereador Pedro Patrus (PT) ressaltou a importância do evento unificado com entidades sindicais e estudantis e representantes partidários. Nesse momento, segundo ele, esses agentes tem a obrigação de mobilizar para a luta contra o desmonte em execução no país.

A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), coordenadora da Comissão de educação, ciência e tecnologia da ALMG, comprometeu-se mais uma vez com a defesa da área. Segundo a deputada, estamos enfrentando uma disputa por uma área estratégica, que é a Educação. Esta disputa engloba medidas para promover o desmonte da área, como a desqualificação do trabalho docente.  Outra medida são as tentativas privatização do setor, para que a Educação deixe de ser um direito e se torne um produto de consumo, atendendo aos interesses de grandes corporações. A privatização de políticas públicas também pode afetar outros direitos, como a seguridade social.

Segundo o vereador André Quintão (PT), é necessário criar uma unidade progressista contra a onda conservadora que vem tomando o país. Essa unidade deve lutar a favor dos direitos dos cidadãos, que estão em risco, como aposentadoria, educação e saúde. E também estão em risco as liberdades individuais, ameaçadas por declarações racistas e lgbtfóbicas.

Debate

A estudante Iza Lourença, do PSOL, analisou que a ascensão do pensamento neo-fascista no país coloca em risco a vida da população suburbana e negra do país, seja através do extermínio, do encarceramento ou do cerceamento de direitos. Ainda segundo ela, a Universidade é o alvo principal, porque este é o espaço do questionamento. E através dos questionamentos, os jovens aprenderam a resistir, mobilizar e lutar.

O presidente da Unidade Popular pelo Socialismo (UP), Leonardo Péricles Vieira, analisou que vivemos um período de expansão da Universidade, com a maior inclusão do povo pobre e negro, mas que mantinha o acesso desigual. Contudo esse crescimento foi colocado em risco, ameaçando inclusive as melhorias trazidas com o ensino e a pesquisa. Segundo ele, este não é momento para ter medo, mas de ir para a rua juntas e juntos.

 

 

Fotos: Sindifes