‘Dignidade para quem faz o Estado’: Marcha da Classe Trabalhadora ocupou Brasília no dia 22 de maio
O dia 22 de maio foi um marco na defesa das pautas de luta da classe trabalhadora no Brasil. Partindo de todo o país, caravanas de trabalhadoras e trabalhadores de diversos setores seguiram em direção à capital federal para um grande ato público, que teve como tema “Dignidade para quem faz o Estado”. A Marcha da Classe Trabalhadora foi convocada em conjunto por entidades sindicais, com o intuito de apresentar, ao governo Lula e ao Congresso Nacional, uma agenda de garantia de pleno emprego, melhores salários e desenvolvimento econômico e social no Brasil.
A categoria docente da UFMG aderiu ao movimento, conforme a deliberação de nossa mais recente assembleia, realizada no dia 17 de maio. Assim, docentes, TAEs e estudantes da UFMG formaram um grande bloco na manifestação. E o APUBHUFMG+ fez a sua parte. Além da presença atuante na Marcha, o Sindicato apoiou financeiramente o transporte dos movimentos docente e discente da universidade para o local.
A concentração para a Marcha ocorreu pela manhã, em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha. De lá, a multidão seguiu em passeata até a Esplanada dos Ministérios. Ao longo de todo o trajeto, as manifestações foram marcadas por faixas, bandeiras, palavras de ordem e muita música. Em pauta, a revogação do Novo Ensino Médio e das reformas Trabalhista e da Previdência, assim como a valorização do serviço público, do salário mínimo e das aposentadorias.
Nesse sentido, vale pontuar que as centrais sindicais brasileiras construíram, em conjunto, com um apanhado de propostas, reivindicações e agendas, que são decisivas para a classe trabalhadora no período atual do país. A proposta é que os documentos cheguem às mãos das autoridades que compõem os Três Poderes da República. E a entrega já começou, como parte das ações do dia 22 de maio.
Assim, foram redigidos a “Pauta da Classe Trabalhadora – Prioridades 2024” e a “Agenda Jurídica e das Centrais Sindicais no STF – 2024”, que levam a assinatura da CUT, da Força Sindical, da CTB, da UGT, da NCST, da CSB e da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública. Além destes documentos, as entidades preparam, ainda, um terceiro: a Agenda Legislativa das Centrais Sindicais – 2024.
Em relação à nossa mobilização local, na mesma assembleia que aprovou a adesão da nossa categoria à Marcha da Classe Trabalhadora, as professoras e os professores da UFMG também deliberaram pela manutenção da greve na instituição. A decisão foi tomada pela categoria após optarem por rejeitar a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo federal no dia 15 de maio em reunião da Mesa Específica e Temporária no MGI.
A greve docente na UFMG, portanto, prossegue. Em resposta ao horizonte de lutas que se configura, estamos em um momento para intensificar o nosso movimento. As professoras e os professores seguem ocupando todos os espaços necessários para que a nossa voz seja ouvida. Continuamos em luta!