Não podemos esquecer os atentados golpistas de 8 de janeiro de 2023: sem anistia!
Há um ano, no dia 8 de janeiro de 2023, o Estado brasileiro sofreu uma grave tentativa de golpe. Os edifícios-sede dos Três Poderes da República, na capital federal, foram invadidos e depredados por apoiadores extremistas do bolsonarismo, inconformados com o resultado das eleições presidenciais do ano anterior. E como têm revelado as investigações conduzidas pelas autoridades competentes, os planos golpistas eram ainda mais profundos, não tendo se limitado àquele episódio violento.
Longe de ser um caso isolado, os atos terroristas foram mais um capítulo na escalada de ações abertamente antidemocráticas e criminosas executadas por adeptos daquele movimento de extrema-direita, com viés fascista. Vários crimes foram cometidos por pessoas que, embora se consideravam patriotas, atentaram contra as instituições democráticas e a vida de cidadãos, além de terem vandalizado bens públicos e privados.
A apuração dos fatos demonstrou, ainda, o envolvimento de grandes empresários, cujos interesses financeiros foram privilegiados pelo neoliberalismo da gestão bolsonarista. Além do que, o processo de corrosão das estruturas democráticas também contou com a atuação de parlamentares e lideranças partidárias fiéis àquele projeto político. Ainda por cima, há indícios, até mesmo, da participação de agentes do Estado.
E, recentemente, os planos golpistas ganharam contornos ainda mais bárbaros. O ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, ter acessado informações que revelaram a intenção dos extremistas de enforcá-lo na Praça dos Três Poderes. Assim, nos deparamos, de maneira brutal, com o acirramento do ódio, difundido no país pelo bolsonarismo.
Diante desse cenário, fica evidente como, apesar da derrota do projeto de extrema-direita nas urnas, o fascismo continua vivo no país. Por isso mesmo, o APUBHUFMG+ cerra fileiras com as forças empenhas com a Democracia, de todo o país, na luta em defesa da vontade soberana da população, assim como dos direitos da classe trabalhadora.
Não devemos permitir que esse caso seja esquecido. As pessoas que participaram, as que incentivaram, as que financiaram e facilitaram estes atentados terroristas contra o Estado brasileiro devem continuar a ser identificadas e julgadas. Da mesma forma, as mentalidades antidemocráticos precisam ser expostas e combatidas pela sociedade. A luta em defesa do Estado Democrático de Direito precisa ser permanente. Sem anistia!