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PGR mira atuação golpista de bolsonaristas nas redes sociais

Na última segunda-feira (17/07), a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as plataformas de redes sociais apresentem todas as publicações de Jair Bolsonaro referentes às eleições, às urnas eletrônicas e às Forças Armadas, entre outros assuntos. Pelo pedido, também deve ser encaminhada uma lista com os nomes e dados de identificação dos seguidores do ex-presidente nas mesmas redes – Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube.

A solicitação integra o inquérito para apurar os suspeitos de incitarem os ataques terroristas protagonizados por bolsonaristas, no dia 8 de janeiro, que tem a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Partindo de uma representação assinada por integrantes do Ministério Público Federal (MPF), o nome de Bolsonaro foi incluído na investigação. De acordo com o documento, o ex-presidente teria cometido incitação ao crime, ao publicar vídeo com mentiras para questionar a credibilidade das eleições.

Ao ser questionado sobre o caso, em depoimento à Polícia Federal (PF), Bolsonaro tentou se esquivar. Ele alegou estar, na ocasião, sob efeito de remédios e ter postado o vídeo “sem querer”. Atitude essa que contrasta com a postura adotada pelo político de extrema-direita, ao longo de seu mandato como presidente. Enquanto chefe de Estado, ele não tinha pudores para espalhar notícias  falsas e sem provas contra o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, foram atitudes como essa, entre outras, que levaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a condenar o ex-presidente à inelegibilidade até 2030.

Longe de ser um caso isolado, contudo, os crimes contra as sedes dos Poderes da República fizeram parte de uma longa escalada de ataques golpista contra a Democracia. Por isso mesmo, a PGR busca demonstrar a atuação de Bolsonaro nas redes sociais, assim como de seus seguidores. Até porque, ainda hoje, demonstrações antidemocráticas continuam a ocorrer no país. Assim, a pressão precisa continuar para garantir que aqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito sejam, devidamente, identificados e julgados. Sem anistia!