Confira a quinta entrevista com docentes da UFMG sobre a lei de cotas
Na quinta resposta de colegas pessoas negras (pretas e pardas) filiadas ao APUBH para a nossa breve campanha para saber se e como Cotas mudaram perfis de pessoas discentes e docentes na UFMG, contamos com a participação do colega docente Natalino Neves da Silva.
Ele que é professor na Faculdade de Educação (FaE) e que integra à Coordenação do Núcleo Gestor do Programa Ações Afirmativas na UFMG nos disse que a importância da conquista da Lei 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas e que neste ano completa dez anos, é que ela significa o resultado da luta do movimento social negro bem como de intelectuais negros(as) e não negros(as) o que implica no processo de democratização da universidade pública.
Acrescentou ter sentido algum aumento na presença de pessoas negras discentes e que esse aumento impacta a UFMG no cumprimento da sua função social no que concerne o direito à educação e humano.
Natalino encerrou a breve entrevista afirmando que, naquilo que prevê o art. 7º da referida Lei, ou seja, a revisão após dez anos de sua aprovação, é imprescindível que o processo de revisão contemple o financiamento da política pública com vista a garantir a permanência do novo sujeito no ensino superior.