APUBH na 9ª Semana de Saúde Mental da UFMG
O NADi/APUBH promoveu o lançamento do vídeo “Sofrimento docente: o agravo na pandemia” e a Live “Vozes da experiência docente: uma análise da gestão a partir dos memoriais de promoção a Professor Titular”.
“Vida: mutirão de todes” foi o tema da 9ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG, realizado pela universidade, entre os dias 17 e 21 de maio. Atendendo às medidas de prevenção à COVID-19, assim como no ano passado, as atividades foram realizadas em formato digital. A programação contou com palestras, debates, oficinas, rodas de conversas, vivências e atividades culturais. Do mesmo modo que nas outras edições, o APUBH UFMG+ foi um dos parceiros da Rede de Saúde Mental da UFMG na realização da Semana de Saúde Mental.
Integrando a programação, o Núcleo de Acolhimento e Diálogo do APUBH (NADi/APUBH) promoveu, na tarde da sexta-feira passada (21/05), o lançamento do vídeo “Sofrimento docente: o agravo na pandemia”. O registro reúne trechos das entrevistas do Programa do NADi, que foram transmitidas ao vivo no Canal do APUBH no Youtube. Ao longo de oito edições do programa, os integrantes do Núcleo conversaram com especialistas da UFMG sobre a saúde da mente e do corpo da categoria docente, em meio à crise sanitária e humanitária causada pela pandemia da Covid-19 e a implementação do ensino remoto emergencial (ERE) na universidade. O Núcleo prosseguirá utilizando o vídeo, nos próximos eventos online e debates com a categoria. No canal do sindicato no Youtube, estão disponíveis todas as entrevistas do Programa do NADi/APUBH.
A experiência docente em cargos de gestão na universidade
Na manhã do mesmo dia 21/05, o Núcleo de Acolhimento e Diálogo do APUBH (NADi/APUBH) promoveu a Live “Vozes da experiência docente: uma análise da gestão a partir dos memoriais de promoção a Professor Titular”, com a convidada Franciane Ester de Souza, técnico-administrativa em educação da UFMG e mestra pelo Programa de Mestrado Profissional em Educação e Docência (Promestre) da Faculdade de Educação (FaE/UFMG). O evento foi aberto ao público e teve a mediação dos integrantes do NADi.
O título da Live faz referência à dissertação de mestrado apresentada por Franciane Ester. Em sua fala, a servidora pública apresentou os resultados dessa pesquisa, que abordou o lugar profissional ocupado pelo docente no ensino superior na atividade de gestão, a partir das narrativas dos próprios professores. As experiências foram colhidas nos memoriais, que ela definiu, em linhas gerais, como “uma exposição escrita, onde os professores destacam aspectos significativos da sua atividade ao longo da sua trajetória profissional”. “Tudo aquilo que é vivido no trabalho é sentido e tem a potencialidade de ser expresso e interpretado como uma experiência. E quando alguém conta uma história, que é a sua própria história, como ocorre na autobiografia nos memoriais, a pessoa retira da experiência o que ela conta. A experiência que ela viveu é contada nos memoriais”, explicou.
Ao analisar os relatos dos professores, Franciane Ester observou a recorrência de certos termos, que revelam as dificuldades e desafios que permeiam os cargos de gestão. Em sua apresentação na Live, a pesquisadora destacou as seguintes expressões: “quota de erros”, “grande desafio”, “complexidade”, “drástica”, “apreensão”, “desvio de função”, “tensões cotidianas”, “frustrações”, “escassos recursos”, “temores”, “exigências”. Sobre os resultados da pesquisa, a TAE observa que não é possível afirmar que os cargos de gestão sejam o ponto fraco dos docentes da universidade. Contudo ela pondera que “nós conseguimos, com certa tranquilidade, dizer que essa atividade é, pelo menos, uma ‘pedrinha no sapato’ que incomoda o docente do magistério superior”.