Em plenária virtual, APUBH e dezenas de entidades declaram apoio ao SINPRO-MG
Fonte: Com informações do SINPRO Minas
Sindicato dos Professores de Instituições Privadas tem sido alvo de ataques por sua defesa do retorno das aulas presenciais somente após a vacinação
“Se nossos patrões estão na luta contra o povo, nós continuaremos e sairemos fortalecidos na nossa união na luta que levamos em frente, de mãos dadas pela vida, pela saúde e pelos direitos fundamentais do povo. Em momento nenhum o lucro deve vir acima da vida!”, disse a presidenta do APUBH, professora Maria Rosaria Barbato. A declaração foi feita durante a Plenária virtual realizada ontem, 03/03, em apoio ao Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (SINPROMG). Dezenas de entidades participaram do ato e manifestaram solidariedade ao sindicato, que tem sido alvo de ataques do sindicato patronal, por causa de sua luta em defesa e preservação da saúde e da vida dos professores e professoras durante a pandemia.
Em sua fala inicial, a presidenta do SINPRO Minas, professora Valéria Morato, manifestou o seu agradecimento pelo apoio e solidariedade de todas as entidades participantes do ato virtual e falou sobre a pressão dos donos de escolas para a retomada das aulas presenciais.
“Os empresários do setor e o sindicato patronal têm nos atacado muito, mas continuaremos firmes. Todos queremos o retorno às aulas presenciais, porém com segurança. Sabemos da importância delas para o aprendizado e para a educação, e como o modelo atual, de educação virtual, tem sido extenuante. No entanto, neste momento, o retorno é inviável. Os dados mais recentes mostram de forma inequívoca o descontrole da pandemia. Por isso, defendemos a vacinação ampla e em massa, a inclusão dos professores no grupo prioritário e a manutenção do auxílio emergencial e de preservação dos empregos”, explicou Valéria Morato, presidenta do SINPRO-MG.
Sobre os ataques, Maria Rosaria Barbato considerou que fazem parte de um projeto de destruição da educação. “Os ataques ao SINPRO não são pontuais, são ataques que se inserem em um projeto que está dentro da lógica neoliberal, contra o sistema que queremos, a educação que queremos, a vida, a saúde e a democracia que queremos. Estão dentro de uma lógica que entende a educação como mercadoria”, disse a professora.
“O setor privado diz que as crianças estão abandonadas e que precisamos colocá-las nas escolas. No entanto, eles estão preocupados apenas com os números, com a parte financeira”, falou a Coordenadora do Fórum Estadual Permanente de Educação (FEPEMG) e 1ª vice-presidenta do APUBH, a professora da Faculdade de Educação da UFMG, Analise de Jesus da Silva.
A presidenta do APUBH, Maria Rosária Barbato ressaltou que o “SINPRO, ao contrário do que veicula o sindicato patronal, não está tumultuando o direito à educação ou ao emprego por parte dos professores. Ao contrário, defende o direito à vida, bem mais precioso, aos profissionais da educação e aos estudantes”. Ela ainda enfatizou o crescimento “gigantesco da pandemia de Covid-19 do país”. Disse que, pela primeira vez, desde o início da pandemia, todas os estados do país estão classificados como em estado crítico pelas entidades reguladoras, no combate contra o Covid. As entidades científicas são uníssonas em afirmar que o cenário não é de melhora, e sim que, nas próximas semanas, a doença se espalhará ainda mais, com efeitos nefastos”.
A professora Maria Rosaria e todos os presentes no ato virtual de apoio ao SINPRO ressaltaram que o momento é de defesa da vida. “O plano de vacinação do Ministério da Saúde é insuficiente. Faltam vacinas nas principais cidades brasileiras. Faltam meios de garantir a sobrevivência da população em meio a um eventual novo fechamento. Tudo isso é reflexo de um governo federal negacionista, anticiência, antivacina, que em momento nenhum tratou a pandemia de coronavírus com a seriedade que o momento exige”, completou a presidenta do APUBH.