Atividades da Quinzena Docente APUBH UFMG+ movimentam o Sindicato
Reafirmando o convite feito às professoras e aos professores de comemorar e enfrentar juntos o desafio de ser docente, o sindicato iniciou as atividades da Quinzena Docente APUBH UFMG+ com uma grande Plenária em Defesa da Universidade Pública e Gratuita. Realizada no dia 15 de outubro, na Praça de Serviços do Campus Pampulha, a Plenária também marcou a comemoração do dia do Professor (confira a matéria completa).
Ainda na segunda-feira, foi realizado o Café com Plantão Jurídico, no Campus Saúde da UFMG. Os professores tiraram dúvidas e receberam orientações da advogada Flávia Mesquita, assessora jurídica do Sindicato. O Café também foi uma oportunidade de encontro e troca de ideias entre aqueles que compareceram ao local.
Roda de Conversa sobre Saúde Mental e Qualidade de Vida
O crescente adoecimento da professora e do professor, especialmente, por causa da solidão e da pressão do produtivismo deram a tônica da roda de conversa realizada no 16 de outubro, 2° dia da Quinzena Docente APUBH UFMG+. Chamada de Roda de Conversa sobre Saúde Mental e Qualidade de Vida, a atividade reuniu professores, servidores técnico-administrativos, pesquisadores e pós-graduandos para conversar sobre a necessidade de atenção à saúde mental e as condições de trabalho docente na universidade.
No decorrer da Roda de Conversa, os participantes manifestaram as suas vivências e percepções sobre as principais causas do adoecimento mental e também das formas de tratá-las/combatê-las. O assédio organizacional (violência institucional) que se manifesta, principalmente, por meio da pressão pela produção é umas principais causas de adoecimento dos professores. Neste sentido, o professor Rodrigo Ribeiro chamou a atenção para a necessidade de se pensar alternativas de avaliação que não causem sofrimento ao docente. De acordo com os presentes, “a pressão pela publicação inibe qualquer inspiração para a criação que o docente possa ter”.
Já o professor Luiz Brant ressaltou a importância de entender com clareza o que é adoecimento e o estado/identidade de doente que é atribuído ao professor ou que ele se atribui. Ele apontou a necessidade de se perceber o caráter positivo do sofrimento, pois ele é um alerta para o que estamos vivemos em nosso entorno e que precisa ser mudado.
A percepção é de que a Universidade se tornou um ambiente nocivo para o docente como percebeu, a professora Alzira Oliveira Jorge, da Setorial de Saúde e Qualidade de Vida da APUBH, que relembrou a sua preocupação, em seu primeiro ano de universidade, com o isolamento dos colegas, a falta de compartilhamento e de desenvolvimento de projetos coletivos.
Para combater essa solidão e o adoecimento, a diretoria de Saúde e Qualidade de Vida pretende implantar o Projeto de escuta acadêmica dos professores para ouvir suas demandas, conhecer suas angústias, as causas do isolamento e ajudar a tratá-las. O empoderamento docente e a autonomia foram dois fatores considerados fundamentais no combate à doença mental no trabalho.
As assessoras jurídicas da APUBH, Sarah Campos e Flávia Mesquita também participaram da Roda de Conversa e acompanharão as ações da Setorial, especialmente, os casos de assédio moral, organizacional e na busca de soluções no ordenamento jurídico em defesa do docente acometido por doença mental decorrente do trabalho.
Reunião aberta e pública com projetos e pessoas envolvidas na pesquisa e extensão em direitos humanos na UFMG
A atividade do dia 17 de outubro foi conduzida pela Diretoria de Direitos Humanos, Relações Étnico – Raciais, Gênero e Sexualidade que promoveu uma reflexão sobre o problema das violações dos direitos humanos na UFMG. Na reunião, foram feitos relatos de casos de violação de direitos humanos na Universidade.
Um dos pontos discutidos foi a resolução nº 9/2016 da UFMG, sobre direitos humanos. Publicada em 31 de maio de 2016, o documento dispõe “sobre a violação de direitos humanos e a erradicação de atos discriminatórios de qualquer natureza no âmbito da Universidade Federal de Minas Gerais”. Sobre o assunto, a Setorial, inclusive, já produziu material (cartilha e folders) para conscientização da comunidade universitária sobre a resolução da UFMG a fim de incentivar o combate aos casos de violação de direitos, a discriminação e o preconceito. A ação também visa fomentar as denúncias, a apuração dos casos e a consequente punição dos agressores. Os participantes da Quinzena Docente já estão recebendo as primeiras edições do folder.
Na reunião foi discutida ainda a proposta de criação de um canal na APUBH (Setorial de Direitos Humanos, Relações Étnico – Raciais, Gênero e Sexualidade) para ouvidoria das histórias/casos de violação dos direitos humanos para a formatação de iniciativas que possibilitem a construção de um ambiente de trabalho, de pesquisa e de estudo saudável, respeitoso, diverso e atento ao ser humano.
Café com Aposentados
A diretoria de Ações Sindicais e Carreiras Docentes coordenou na tarde desta quinta-feira, 18 de outubro, um café com os professores aposentados. Um dos objetivos do encontro foi conhecer as principais demandas e expectativas dos aposentados para o planejamento da agenda de atividades da setorial de carreiras para o próximo biênio.
A assessoria jurídica da APUBH também participou do Café e fez uma atualização sobre os processos judiciais de interesse dos aposentados, tais como o andamento do pagamento da ação dos 3,17%, suspensão do desconto do Abate-teto sobre aposentadorias, entre outras. Outro ponto discutido foi a situação dos docentes aposentados na atual conjuntura de crise política e de crise nas universidades. A partir das demandas apresentadas no Café, outros encontros e reuniões serão agendados pela Setorial de Carreiras para acompanhamento dos docentes aposentados e suas demandas.