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Plenária Unificada Reúne 88 entidades em defesa de direitos sociais, trabalhistas e humanos

Na última terça-feira a noite, dia 30/10/2018, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo realizaram uma Plenária Unificada de Organização da Resistência dos Movimentos Sociais, Sindicais e Populares. A Plenária foi motivada pelo resultado das eleições presidenciais vencidas por um candidato que declarou a intenção de perseguir e criminalizar movimentos, bem como de privatizar as universidades, entre outras medidas contrárias aos interesses das trabalhadoras e dos trabalhadores.

Mais de 350 pessoas representando 88 entidades assinaram a lista de presença. Muitas falas coincidiram no sentido de apontar professores e estudantes como alvos de ações de censura e represália, por parte do presidente eleito. Para essa avaliação contribuíram diversos fatos.

Foram citadas as invasões em 17 universidades, nos dias que antecederam as eleições, no sentido de coibir eventos e manifestações em defesa da democracia e contra o fascismo.

Foi mencionada a retomada da votação, na Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei “Escola Sem Partido”, também conhecido como “Lei da Mordaça”. Tal projeto proíbe o ensino e a aprendizagem de determinados temas, hoje incorporados aos currículos escolares.

Outros argumentos indicaram a necessidade dos movimentos sociais e populares cerrarem fileiras em defesa da Educação. A esse respeito, foi dado destaque à indicação – já confirmada – de Paulo Guedes para o comando da economia. O futuro ministro não esconde seu interesse em privatizar as universidades públicas sob o falso argumento de que elas são mais onerosas do que as faculdades privadas.

A comparação entre universidades públicas e faculdades privadas feita por Guedes coloca na conta das primeiras o pagamento de aposentados e ignora o fato de que, no Brasil, apenas as universidades públicas realizam trabalhos significativos na área de pesquisa e extensão.

A Plenária Unificada deu início à construção de uma agenda de lutas, serviu para orientar os movimentos em relação a questões de segurança e iniciou um trabalho de análise da conjuntura pós-eleições para orientar a organização da resistência popular contra a retirada de direitos sociais (saúde, educação, dentre outros), direitos trabalhistas (organização sindical, aposentadoria, dentre outros) e direitos humanos e individuais (liberdade de expressão, de associação, de orientação política, etc.).