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Universidades federais combatem o coronavírus em várias frentes

Fonte: UFMG.

Só na área de pesquisa são 823 estudos em andamento; UFMG está mobilizada desde o início da pandemia

João Salles, em evento na UFMG em 2019: respostas satisfatórias | Foto: Foca Lisboa / UFMG

As universidades federais permanecem mobilizadas para colaborar com pesquisas e ações de extensão no combate ao coronavírus. Dados sobre as ações foram divulgados nesta segunda, 11, em entrevista coletiva de imprensa promovida pela Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino (Andifes) por meio de videoconferência. Os números impressionam, pela quantidade e pela diversidade de ações.

“As universidades públicas, assim como o SUS, têm dado as respostas mais eficazes no combate à pandemia. Mas estão dando as respostas com os recursos que têm. Se contassem com mais recursos, poderiam oferecer mais respostas. É isso o que esses números mostram”, afirmou o presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles Pires.

Os dados foram compilados pelo Colégio de Gestores de Comunicação da Andifes (Cogecom) e reúne informações de 46 das 67 instituições federais de ensino superior, incluindo a UFMG. O levantamento será atualizado de forma permanente pelo grupo. Na área de pesquisa, são 823 estudos em andamento, que vão do mapeamento do vírus ao desenvolvimento e reposicionamento de medicamentos e criação de vacina contra a Covid-19. São 79 parcerias com governos estaduais e 198 com gestões municipais. Uma frente importante dessas parcerias é a disponibilização de laboratórios para detecção do coronavírus, que realizaram 55 mil testes, com média diária de 2,6 mil testes. Na UFMG, são sete os laboratórios credenciados para o diagnóstico. A rede hospitalar das universidades também está à disposição da população, com 2.228 leitos normais e 489 de unidades de tratamento intensivo (UTIs).

A fabricação de álcool e de EPIs também conta com participação das universidades. São 1,9 milhão de litros de álcool líquido e em gel produzidos nos laboratórios. Em relação aos equipamentos de proteção individual (EPIs), são 162.964 protetores faciais, 85.514 máscaras de tecido, seis mil aventais, dois mil capuzes e 20,2 mil unidades diversas de outros materiais. Na UFMG, são três frentes de produção de álcool e outras três de equipamentos, sendo duas delas em parceria com o Senai. Além dessas ações, foram realizadas 697 campanhas educativas e 341 campanhas de solidariedade junto à comunidade.

“A ciência, como já era esperado, tem apresentado as respostas necessárias  para o enfrentamento da pandemia. E no Brasil quem faz ciência são principalmente as universidades públicas e institutos federais, responsáveis por mais de 90% das pesquisas”, afirma a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida.

Auxílios, defesa do isolamento, medicamentos e vacina
A UFMG mantém mobilização permanente desde o início da pandemia. Apesar da suspensão das aulas presenciais, ações de pesquisa e extensão avançam, reforçando o compromisso da instituição com Belo Horizonte, Minas Gerais e o Brasil. Estudantes de baixa renda seguem recebendo auxílio para alimentaçãono período em que restaurantes universitários estão fechados. A importância do isolamento social vem sendo sistematicamente sustentada por pesquisadores da Universidade. E pesquisas avançam na busca por medicamentos e no desenvolvimento de vacina contra a Covid-19.

No total, são mais de 60 frentes de pesquisa e extensão na UFMG, além de nove campanhas educativas, 17 ações de direitos humanos e seis na área de saúde mental. Todas as ações desenvolvidas até o momento pela universidade estão disponíveis na página especial sobre o coronavírus.

“As universidades federais estão empenhadas e mobilizadas, em seus mais diversos campi e nas mais diferentes áreas do conhecimento para encontrar respostas para a Covid-19 e para os seus desdobramentos. Na UFMG, não é diferente. São inúmeras ações no campo da pesquisa e da extensão em todas as áreas do conhecimento. Mas a sociedade precisa colaborar. O momento é de ficar em casa, de contribuir para o achatamento da curva de transmissão e evitar a sobrecarga no setor da saúde, preservando o Sistema Único de Saúde (SUS)”, defende Sandra Goulart Almeida.