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UFMG colabora com pesquisa que vai traçar perfil da saúde dos brasileiros

Fonte: UFMG.

Cerca de 27 mil pessoas serão ouvidas sobre fatores de risco e proteção de doenças não transmissíveis

Pessoas com 18 anos ou mais que residem em uma das 27 capitais do país são o público-alvo do principal levantamento do país que mede os fatores de risco e de proteção para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, cânceres, obesidade, doenças respiratórias e relacionadas ao coração, as maiores causas de mortes no país.

Trata-se da Vigitel 2020 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com a UFMG e com a Faculdade de Saúde Pública da USP. A expectativa é ouvir, por telefone, cerca de 27 mil pessoas somente no primeiro semestre.

“Conhecer a situação de saúde da população é o primeiro passo para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade dessas doenças, melhorando, assim, a saúde da população”, destaca o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Wanderson Oliveira.

Desde 2006, a pesquisa Vigitel monitora a frequência e a distribuição de fatores de risco para o surgimento dessas doenças por meio de questionário – respondido por telefone – sobre itens como hábitos alimentares (consumo de frutas e hortaliças) e estilo de vida (prática de atividade física, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas). Também são investigadas a frequência e o diagnóstico médico de hipertensão arterial e diabetes e a realização de exames de mamografia e de papanicolau.

O tempo médio para responder ao questionário é de 12 minutos. As ligações serão feitas das 9h às 21h (horário de Brasília), em dias de semana, e das 10h às 16h aos sábados, domingos e feriados. A participação na Vigitel é voluntária.

Rafael Claro (quarto da esquerda para a direita) e entrevistadores treinados para o inquérito telefônico | Foto: Arquivo pessoal

Treinamento e análise de dados
Segundo o professor Rafael Moreira Claro, do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem, que faz parte do grupo coordenador do inquérito, a equipe da UFMG fornece subsídios técnicos para auxiliar o Ministério da Saúde na condução da pesquisa. “Realizar um inquérito de proporções nacionais como a Vigitel é sempre uma tarefa complexa. Somos responsáveis por auxiliar no treinamento dos entrevistadores, no acompanhamento da coleta de dados durante o ano e na tabulação e análise”, explica.

Sigilo
Quem atender a ligação deve informar a quantidade de moradores adultos (com 18 anos ou mais) do domicílio, idade e sexo. Durante o inquérito telefônico, não será solicitada qualquer informação relacionada a documentos pessoais, como CPF, RG ou dados bancários. As únicas informações pessoais obtidas por meio da pesquisa dizem respeito à idade, sexo, escolaridade, estado civil e raça/cor, que possibilitam que os resultados reflitam a distribuição sociodemográfica da população brasileira.

(Luísa Schneiders /Ministério da Saúde; Rosânia Felipe / Escola de Enfermagem)